Em meio às dificuldades impostas pela pandemia de Covid-19, muitas famílias têm enfrentado a fome e a insegurança alimentar pelo País. Por isso, iniciativas que visam dar um alento a quem passa por necessidades são sempre bem vindas. No Ceará, teve início nesta sexta-feira (27) um processo seletivo para a 2ª edição do programa Cozinhas Sociais, que visa apoiar dez instituições que amparam comunidades em situação de vulnerabilidade.
Por meio de um programa de formação - realizado por meio da Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco e da ação Mais Nutrição -, o projeto pretende reunir representantes de associações para ensinar sobre empreendedorismo social, além de fornecer ajuda de custo voltada à alimentação das famílias assistidas pelas iniciativas.
Inscrições
As inscrições são gratuitas e vão do dia 27 de agosto a 7 de setembro, às 17h59, por meio de formulário no site do Mapa Cultural. Segundo o edital, “cada vaga deverá ser preenchida por uma instituição com atuação comunitária, que indicará um representante, que será o responsável legal pelas atribuições do programa, no que diz respeito à formação, produção e distribuição das refeições”.
O documento informa ainda que podem participar instituições, associações, organizações ou coletivos da sociedade civil, sediados na comarca de Fortaleza, com atuação em áreas e segmentos em situação de vulnerabilidade social.
Além disso, preferencialmente, os interessados devem ter desenvolvido trabalho social ligado à produção e à distribuição de alimentos durante a pandemia, bem como ter estrutura para produção e distribuição das refeições produzidas.
Os inscritos necessitam ainda ter acima de 18 anos de idade; possuir disponibilidade mínima de 20 horas semanais; ter afinidade com a preparação de refeições e ser representante ou indicado por alguma instituição enquadrada nos pré-requisitos. O programa acontecerá de modo híbrido, com aulas presenciais e online, e os participantes precisam ter equipamentos eletrônicos com acesso à internet.
50 mil refeições
Conforme o edital, a iniciativa pretende beneficiar 2 mil pessoas através da produção de mais de 50 mil refeições. Para a superintendente da Escola de Gastronomia, Selene Penaforte, “com o nosso suporte, os selecionados terão formação e apoio financeiro para produzir e distribuir marmitas em suas comunidades de atuação”.
O estudante de gastronomia e coordenador do Instituto SOS Periferia, Lucas Alves, relata a felicidade de ter participado do projeto em 2020, em meio a conturbações da pandemia. “Não aprendemos apenas a cozinhar, mas aprendemos a levar afeto, amor acima de tudo, e a caminhar após aquele processo”.
Políticas públicas
Durante o evento de lançamento da 2ª edição do Cozinhas Sociais, estiveram presentes a vice-governadora do Estado, Izolda Cela; a primeira-dama do Ceará, Onélia Santana; o secretário de Cultura, Fabiano Piúba; a presidenta do Instituto Dragão do Mar (IDM), Rachel Gadelha; e a superintendente da Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco, Selene Penaforte.
De acordo com a vice-governadora Izolda Cela, “temos a necessidade de agregar gente para que as coisas aconteçam da melhor maneira possível [...], enxergamos aqui como as políticas públicas podem mudar a vida das pessoas”.
Já a primeira-dama Onélia Santana ressaltou que a ação pretende fomentar o trabalho já realizado por entidades em cozinhas comunitárias. “Os dez contemplados no edital não vão apenas combater a insegurança alimentar ao alimentar as famílias em condição de extrema vulnerabilidade. Vamos formar profissionais, valorizar a nossa gastronomia, além de apoiar a produção e a distribuição de alimentos com foco no desenvolvimento sustentável para o aproveitamento total de alimentos”.
Cozinhas Sociais
Inscrições: 27/08 a 07/09 (até 17h59)
Local: site do Mapa Cultural
Mais informações: (85) 3248-8091