Dois lotes de dipirona endovenosa foram recolhidos da rede pública de saúde no Ceará. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, as doses foram recolhidas após a notificação de suspeitas de reações adversas no último sábado (3) em pacientes internados no Hospital Geral de Fortaleza (HGF).
Em nota, a pasta informou que foi aberta investigação com apoio da Vigilância Sanitária (Covis) e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), ao mesmo tempo em que as ampolas estão sendo analisadas.
Conforme circular do HGF, no decorrer do sábado, foi realizado o recolhimento de todo o estoque nas áreas assistenciais pertencentes aos lotes DP220145 e DP22G251C da Indústria Farmace, sob a supervisão dos farmacêuticos plantonistas.
A mesma indústria teve um lote de dipirona recolhido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2015.
Não há óbitos registrados
Nos últimos dias, circulou no Whatsapp um comunicado falando sobre a situação. A mensagem alertava para que pacientes não tomassem o medicamento em emergências no Ceará e relatava quatro supostos óbitos, no HGF e na Unimed.
A nota da Sesa destaca que não há óbito confirmado até o momento. Também em nota, a Unimed informou que não houve nenhum caso de paciente com reação à medicação no Hospital Unimed nos últimos dias.
“Ao tomar conhecimento de casos ocorridos em outras unidades de saúde, a diretoria do Hospital, juntamente com o setor de Farmácia Clínica, decidiu recolher por precaução todos os lotes do referido medicamento que estavam em seus estoques, suspendendo a utilização dele”, destaca a rede particular.
De acordo com a Sesa, não foram notificados novos casos de reação adversa desde o recolhimento dos lotes mencionados. Por isso, a dipirona endovenosa continua sendo aplicada na rede pública de saúde, por ser um dos medicamentos mais utilizados.
O Diário do Nordeste entrou em contato com a Anvisa para mais informações sobre o caso e aguarda retorno.