5ª maior cidade do Brasil, Fortaleza gera uma grande quantidade de resíduos de diferentes tipos. De janeiro a outubro deste ano, mais de 1 milhão e 126 mil toneladas de lixo já foram recolhidas na Capital, segundo informações da Prefeitura de Fortaleza. O valor é referente ao lixo residencial, o retirado de pontos irregulares e o destinado aos ecopontos.
Coletado três vezes na semana nos bairros da cidade, todo o lixo residencial produzido em Fortaleza possui um destino: o aterro sanitário, localizado no município de Caucaia. Em utilização desde 2019, o espaço foi instalado ao lado do antigo aterro, que esteve em funcionamento por 20 anos até atingir seu limite máximo.
A partir da chegada dos resíduos no aterro sanitário, os materiais que não podem ser aproveitados são compactados em diversas camadas e enterrados. Contudo, o processo não termina nesse momento. Com o gás gerado com a compactação do lixo, uma usina de produção de biogás instalada no local reaproveita esse resíduo e transforma em fonte de energia.
Além disso, o chorume (líquido poluente que se solta a partir de lixo acumulado) é filtrado, por meio de um processo de osmose reversa. A água remanescente é aproveitada dentro do próprio aterro sanitário.
Segundo Thiago Mafra, coordenador especial de Limpeza Urbana da Secretaria Municipal da Conservação e Serviços Públicos (SCSP), por uma questão de logística, os caminhões basculantes que coletam o lixo na Capital passam por uma unidade de transbordo, localizada no antigo aterro do Jangurussu, onde há uma associação de catadores. Nela, os responsáveis fazem a coleta dos materiais recicláveis, que são encaminhados para associações. Os resíduos que não podem ser aproveitados são, então, encaminhados para o aterro sanitário.
No espaço do aterro também há uma unidade de compostagem em que é produzido adubo, por meio da reciclagem do lixo orgânico provindo do Mercado São Sebastião, como frutas e verduras.
Ecopontos
Equipamentos dedicados para o envio de materiais recicláveis, os ecopontos recebem entulho da construção civil, garrafas plásticas, de vidro, além de restos de podas e móveis. Ao todo, são 90 unidades espalhadas distribuídas em Fortaleza. Os materiais coletados nos locais são reaproveitados para realizar a manutenção no aterro sanitário, como com resíduos da construção civil. Já os restos de poda são triturados e transformados em briquetes para queima em indústrias que possuem parceria com a Prefeitura de Fortaleza.
“Os móveis velhos também são triturados e entram nessa fabricação de briquetes. Os recicláveis são vendidos ou doados para algumas associações cadastradas nos ecopontos, ou são vendidos para indústrias também”, informa Thiago Mafra.