O problema do lixo solto nas cidades tem várias origens, que incluem ações da população e de grandes geradores de resíduos. Estes últimos são definidos como entidades que produzem diariamente mais de 100 litros de lixo comum ou 50 litros de entulhos de construção civil. Incluem-se nesse grupo empresas de diversos setores, como indústrias, comércios de grande porte, hospitais, e empreiteiras de construção civil.
A legislação vigente estabelece que os grandes geradores são responsáveis por todas as etapas do gerenciamento dos seus resíduos, incluindo custeio, acondicionamento, transporte, armazenamento, coleta, tratamento e destinação dos materiais, a fim de assegurar que o lixo produzido não seja despejado em locais impróprios, como canteiros centrais ou terrenos baldios. Assim, os grandes geradores têm a responsabilidade de contratar a coleta privada e adequada dos seus resíduos, com serviços específicos para diferentes tipos de materiais, como industriais, de saúde ou comuns. É importante compreender que a coleta privada de resíduos se diferencia da coleta realizada pelos caminhões da Ecofor, que possui a responsabilidade de coletar exclusivamente os resíduos domiciliares dos munícipes.
Quando os grandes geradores não seguem essas normas, problemas significativos surgem. A falta de gestão adequada resulta em resíduos sendo deixados em locais impróprios, contribuindo para o aumento do lixo solto nas ruas e na cidade. Isso não só prejudica a aparência e a limpeza urbana, mas também pode causar sérios impactos ambientais e problemas de saúde pública.
Átila Gomes, coordenador ambiental da Marquise Ambiental, explica que o lixo solto é prejudicial tanto para a cidade quando para o meio ambiente. “Esse acúmulo de lixo causa obstrução das canaletas de águas pluviais, contaminação da água, solo, geração de pontos de lixo e, caso chegue no mar, irá causar a morte de animais marinhos”, comenta.
Para garantir o descarte correto dos resíduos, os grandes geradores devem adotar as seguintes práticas:
1. Contratação de empresas especializadas: é essencial contratarem empresas especializadas para a coleta privada e tratamento dos resíduos.
2. Acondicionamento apropriado: devem ser acondicionados em contêineres e recipientes adequados para evitar que se espalhem e causem poluição.
3. Transporte seguro: deve ser realizado em veículos apropriados para minimizar riscos de vazamentos e dispersão.
4. Armazenamento correto: devem ser armazenados em locais adequados, conforme as normas vigentes, para evitar contaminação ambiental e problemas de saúde pública.