Plano de investir no próprio negócio está sendo revisado

Escrito por Redação ,
Legenda: Com as finanças comprometidas, a família já esquematizou como deverá reduzir os gastos no próximo mês e evitar qualquer imprevisto
Foto: Foto: Érika Fonseca

Algumas dificuldades, apertos no orçamento e mudança de rotina já faziam parte do roteiro estabelecido para este ano, pelo engenheiro civil Joaquim Magalhães, 50, quando ele decidiu investir no próprio negócio. Esses elementos realmente apareceram no percurso mas, aliados à situação econômica do País e ao momento delicado pelo qual passa a construção civil, eles acabaram desviando o planejamento dele para outra vertente: a possibilidade de desistir do plano e retornar ao meio corporativo.

>Economia foi mais uma vez adiada

>'Mesmo sem extra, deu para poupar em julho' 

"O mercado não mudou, as casas, nós concluímos, mas não conseguimos vender. O mercado está parado e as previsões são as mais difíceis possíveis. Eu já voltei a repensar a possibilidade de voltar pro mundo corporativo, que era tudo o que eu não queria", desabafa. Considerando as previsões para o setor da construção, o engenheiro confessa estar sem perspectivas.

Por conta da greve dos trabalhadores em julho na Capital, que durou cerca de três dias, a obra ficou parada, o que implicou em prejuízos no negócio de Joaquim. Com isso, as despesas da casa referentes ao mês e que são responsabilidade dele ainda conseguiram ser quitadas, mas para agosto, outras mudanças estão previstas. "A Débora vai assumir praticamente todas as despesas, ela vai ser a dona da casa", brinca. Mesmo sem novos contratos agendados ou promessa de lançamentos por parte das construtora, Joaquim ainda deposita esperanças de melhora.

'Aperto de cintos'

Para professora Débora Pamplona, 50, que sempre adotou um planejamento financeiro rígido e hábitos econômicos, a realidade financeira que se apresenta para agosto representa mais um "aperto de cintos".

"Nesse semestre, o Juan só vai uma vez por dia pra faculdade, o que já vai diminuir pela metade o gasto com gasolina. Além disso, já congelamos todos os projetos e até mesmo a viagem que estava programada para o fim do ano", diz a professora.

Jéssica Colaço
Repórter

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