Caminhoneiros continuam bloqueando base de tancagem do Mucuripe; combustível deve acabar nos postos

Segundo manifestantes, não há previsão para liberação dos caminhões. Abastecimento foi liberado para veículos do Samu

Escrito por Redação ,

Caminhoneiros continuam bloqueando nesta sexta-feira (25) a entrada e saída de veículos na base de tancagem do Mucuripe, em Fortaleza. Segundo manifestantes, não há acordo com o governo federal e não há expectativa para a liberação dos caminhões. Eles também afirmam que o combustível nos postos da Capital e do Interior só deve durar até este sábado (26).

A situação permanece na tarde desta sexta-feira (25), com a base de distribuição bloqueada, apesar dos manifestantes terem liberado, por volta das 10h da manhã, uma via para carros de passeio, ônibus, de acordo com determinação da Justiça do Ceará para desobstrução da via.
  

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"Nós só vamos liberar para emergências, como os carros do Samu", reforçou um dos caminhoneiros. Além deles, motoristas de aplicativos também participam do bloqueio na avenida Dioguinho. "A gente quer que o governo baixe o preço do combustível e resolva também a nossa situação", disse um dos manifestantes que não quis ser identificado. 

De acordo com informações dos caminhoneiros, a base de tancagem do Mucuripe tem capacidade para abastecer 24 caminhões por hora. "O combustível está acabando nos postos. A situação mais grave é no Interior. Já estão no limite".

O bloqueio da base de tancagem do Mucuripe já dura 24 horas e a expectativa dos caminhoneiros é de uma adesão ainda maior da categoria. "Já está vindo mais gente do Interior para cá. Não vamos desbloquear tão cedo".

Reivindicações 

Os atos dos caminhoneiros reivindicam a redução no preço dos combustíveis, que passaram por uma série de aumentos nas últimas semanas. Nesta quarta-feira (23), inclusive, os postos da Capital voltaram a elevar os valores cobrados pelo litro do diesel e da gasolina, que atingiu R$ 4,89.

Conforme a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), as manifestações devem continuar em todo o País, apesar de o governo federal ter acertado a redução da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) que incide sobre o preço do diesel. Na noite da última quarta-feira, a Câmara dos Deputados também aprovou uma proposta que deve zerar, até o fim deste ano, a PIS/Cofins que incide sobre o diesel.

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