Cidades do Ceará são alvo de projeto de inovação do BB

Durante a 12ª edição do Congresso de Meios Eletrônicos de Pagamento (CMEP), o Banco do Brasil (BB) confirmou que está negociando com municípios cearenses para introdução do Estado na terceira onda do programa "Município Mais que Digital", que tem o objetivo de fomentar o uso dos cartões e outros meios eletrônicos de pagamento em cidades com até 40 mil habitantes. A informação foi confirmada, com exclusividade, por Rogério Panca, diretor de Meios de Pagamento do BB.

A nova etapa do projeto deverá ser iniciada ainda no segundo semestre deste ano, mas por questões de relacionamento e para não atrapalhar as negociações, o Banco preferiu não revelar o número ou nome das possíveis localidades cearenses que serão contempladas.

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Desenvolvido em parceria com cada prefeitura, o projeto incentiva o uso de aplicativos no celular e meios de pagamento alternativos, como cartões de crédito e débito, o que aumenta a segurança das movimentações financeiras e traz maior comodidade.

Para os clientes, há vantagens como a isenção de anuidade por 12 meses e a troca de pontos por produtos em um programa de relacionamento.

Já os lojistas contam com condições especiais de afiliação ao programa. Para as prefeituras, o BB estima que haja aumento na arrecadação de tributos, com o crescimento da comercialização dos serviços oferecidos no próprio município.

Segundo Panca, seria possível, ao impulsionar o uso dos meios eletrônicos de pagamento, elevar a arrecadação para o poder público entre 7% e 8%. Além disso, o projeto favorece a que os recursos de um município fiquem na própria localidade.

"A gente percebeu que as pessoas sacavam dinheiro em outras cidades maiores e consumiam nessas cidades, então a riqueza não ficava onde deveria, até mesmo para recolhimento e investimento em negócios e criação de empregos", disse Panca.

Resultados

Na primeira cidade a fazer a parte dessa iniciativa, Ibirataia, interior da Bahia, os resultados foram amplos, com o faturamento médio da bandeira utilizada aumentando 235%. Mas segundo o diretor do BB, os benefícios vão além da utilização do cartão.

"A quantidade de transações aumentou e o volume de saques diminuiu, então a agência de lá acabou reduzindo os custos de transporte e segurança, além da diminuição da manutenção dos caixas eletrônicos. Então ao usar o cartão, o cliente está favorecendo o comércio local e para a segurança do município", afirmou.

Já na segunda fase do "Município Mais que Digital", o Banco do Brasil levou o projeto para 21 cidades localizadas nos estados da Bahia, do Maranhão, da Paraíba e do Piauí.

O BB agora está analisando o perfil de várias cidades em todos os Estados do Nordeste para então definir os planos de ação para a onda em julho. (SQ)