Aplicações que rendem juros são mais lucrativas

Dica de especialistas é pegar carona na taxa Selic e escolher o tipo de aplicação que mais deve dar retorno ao dinheiro

Escrito por Redação ,
Legenda: A escolha de onde o dinheiro vai ser aplicado dependerá basicamente do volume de dinheiro e do tempo de aplicação. Existem desde opções que exigem pouco recurso àquelas que têm rendimento mais lento

A inflação não dá trégua e quem tem dinheiro para aplicar não tem muito para onde correr. A opção no momento, segundo especialistas em investimento, é pegar carona na contínua elevação da taxa básica, a Selic, e aproveitar a temporada de juros altos em fundos de investimento, títulos públicos, Certificado de Depósito Bancário (CDB) e Letra de Crédito Imobiliário (LCI), dentre as principais modalidades de renda fixa.

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A escolha vai depender basicamente do volume de dinheiro e do tempo de aplicação. A opção que exige valor mais baixo, a partir de R$ 30, é a aplicação em títulos públicos, por meio da internet, no Tesouro Direto. Especialistas sugerem três tipos de título: Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA. O Tesouro Selic, novo usado no lugar de Letra Financeira do Tesouro (LFT) desde março último, é um título pós-fixado da dívida pública federal que segue a variação da taxa básica de juros, a Selic.

É indicado, portanto, em momentos de juros em alta ou de incerteza. O Tesouro Prefixado é o novo nome da Letra do Tesouro Nacional (LTN), um título prefixado da dívida federal. O rendimento do aplicador equivale ao juro estampado no papel no momento da aplicação e não muda com a elevação da Selic.

É um papel indicado, portanto, em cenário que sugere queda dos juros, porque o investidor trava na aplicação um juro mais alto para atravessar um horizonte de taxa de juros mais baixa.

O Tesouro IPCA substituiu, no Tesouro Direto, a Nota do Tesouro Nacional da série B (NTN-B), outro título da dívida federal. O Tesouro IPCA é interessante quando a expectativa é de alta da inflação. O investidor que aplica nesse papel recebe correção monetária, equivalente à inflação acumulada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) no período da aplicação, mais juro real. Esse juro é a parcela de rendimento acima da inflação e tem ficado, na média, em torno de 6% ao ano, pouco mais, pouco menos.

Rentabilidade lenta

Os títulos do Tesouro Direto estão entre os mais rentáveis do mercado de renda fixa, mas exigem um período de aplicação mais longo, alguns por dezenas de anos. Resgates antes do vencimento tornam, em geral, o rendimento menor que o prometido pelo papel na hora da aplicação. A característica e a rentabilidade dos títulos, tudo isso você encontra no site www.Tesouro.Fazenda.Gov.Br.

CDB e LCI

Tradicional título emitido por bancos e ofertado também por corretoras, o CDB oferece como rendimento uma parcela do juro DI, que anda emparelhado com a taxa Selic. Quanto mais alta a Selic, mais elevado também costuma ser o juro DI. A remuneração do CDB varia de acordo com o volume de aplicação e o relacionamento do investidor com o banco.

Oscila em geral entre 80% e 110% do juro DI. Pelo atual nível da Selic, de 13,75% ao ano, especialistas consideram um CDB mais rentável que a caderneta quando o rendimento for superior a 85% do juro DI, o que daria algo como 11,70% bruto, sem o desconto do imposto de renda.

Outro título emitido por bancos com rendimento atrelado ao juro DI é a Letra de Crédito Imobiliário (LCI). A diferença em relação ao CDB é que a LCI oferece isenção de imposto de renda sobre o rendimento, o que tende a reforçar sua atratividade.

Um rendimento superior a 85% do juro DI tende a tornar a LCI mais competitiva que o CDB, que recolhe imposto por alíquotas que variam de 22,50%, para aplicação de até 180 dias, a 15%, para aplicação superior a 720 dias. Em contrapartida, a LCI costuma exigir volume de aplicação superior ao de CDB.

Fundos de investimento

Os fundos mais conhecidos no mercado são o DI e o de renda fixa. O rendimento do fundo DI é referenciado na taxa básica de juros, a taxa Selic, já que carrega na carteira a LFT (Letra Financeira do Tesouro), que rende a Selic. O fundo DI é quase sempre mais rentável que a caderneta, porque acompanha a elevação do juro básico, embora recolha imposto de renda, com alíquotas regressivas que variam de 22,50% a 15%, dependendo do prazo de aplicação, e desconte taxa de administração.

O fundo de renda fixa tem uma carteira mais diversificada que mescla títulos públicos, com a LFT, e privados, como o CDB e até debêntures (papéis em geral de prazos mais longos emitidos por empresas). Quem investe em fundo de renda fixa também paga taxa de administração e recolhe imposto de renda, como ocorre no fundo DI.

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