PMs acusados de matar frentista voltam à prisão; empresário está foragido

O dono do posto de combustíveis onde a vítima trabalhava foi acusado pelo Ministério Público como mandante do crime

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(Atualizado às 10:32)

Quatro policiais militares, acusados de sequestrar e matar o frentista João Paulo Sousa Rodrigues, em setembro de 2015, voltaram a ser presos preventivamente, a pedido do Ministério Público do Ceará (MPCE), na última sexta-feira (23). Até hoje, em mais de dois anos, o corpo da vítima não foi localizado.

As prisões dos PMs Haroldo Cardoso da Silva, Francisco Wanderley Alves da Silva, Antônio Barbosa Júnior e Elidson Temóteo Valentim foram decretadas pela juíza da 1ª Vara do Júri, Danielle Pontes de Arruda Pinheiro, no último dia 20 de fevereiro. Os acusados voltaram ao Presídio Militar.

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Além da prisão dos quatro militares, o MPCE também requereu que fosse preso preventivamente o empresário Severino Almeida Chaves, conhecido por 'Ceará', dono do posto de combustível onde João Paulo trabalhava. Acusado de ser o mandante do crime, ele não foi localizado nas diligências realizadas pela Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), da Polícia Civil, e é considerado foragido.

O titular da 1ª Promotoria de Justiça do Júri, promotor Marcus Renan Palácio, acusou os policiais militares pelos crimes de sequestro, tortura, homicídio e roubo da motocicleta do frentista. O empresário 'Ceará' foi incluído no processo e acusado como mandante do crime de homicídio, sendo requerida a prisão preventiva de todos os cinco homens, no último dia 1º de fevereiro.

As prisões preventivas dos PMs e do empresário Severino Almeida Chaves foram requeridas devido a periculosidade e os antecedentes criminais dos acusados, que respondem a vários processos criminais, inclusive outros homicídios, segundo o Ministério Público. Os policiais já haviam sido presos preventivamente: Francisco Wanderley Alves da Silva, Antônio Ferreira Barbosa Júnior e Elidson Timóteo Valentim foram presos no dia 8 de outubro de 2015 e Haroldo Cardoso da Silva, em 10 de novembro de 2015. No dia 21 de setembro de 2016, foi concedida liberdade provisória com monitoramento eletrônico aos militares.

Na última vez em que foi visto, em 30 de setembro de 2015, João Paulo entrava, algemado, em um carro com quatro homens que, de acordo com a investigação da Delegacia de Assuntos Internos (DAI), da Controladoria Geral de Disciplina (CGD), seriam os PMs acusados. Uma câmera de monitoramento flagrou a ação criminosa.