Lava Jato prende Márcio Lobão, filho do ex-ministro Edison Lobão, no Rio de Janeiro

A operação Lava Jato prendeu, na manhã desta teça-feira (10), Márcio Lobão, que é filho de Edison Lobão, ex-ministro dos governos Lula e Dilma. Ele foi detido no Rio de Janeiro.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a prisão é preventiva e faz parte da investigação que apura crimes de corrupção e lavagem de dinheiro mediante o pagamento de vantagens indevidas ligadas

A 65ª fase da Lava Jato, batizada de Galeria, cumpre ainda 11 mandados de busca e apreensão no Rio, em São Paulo (SP) e em Brasília (DF).

 

 

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 10, a 65ª Fase da Operação Lava Jato, chamada Galeria. A ação é realizada em cooperação com o Ministério Público Federal e com a Receita Federal e investiga crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, Edison Lobão, ex-senador e ex-ministro dos governos Lula e Dilma, teria recebido propinas relacionadas a contratos firmados com empreiteira para a construção de usina hidrelétrica no Pará. Márcio Lobão, filho do ex-ministro, foi preso preventivamente no Rio.

Cerca de 70 Policiais Federais e 18 auditores cumprem ainda 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. A Polícia Federal investiga ainda contratos de um grupo que atua no ramo de serviços ambientais com empresa de logística no ramo de combustíveis (responsável pelo transporte e logística do combustível dentro do território nacional e operações de importação e exportação de petróleo e de derivados).

A suspeita da PF é a de que os valores indevidos recebidos por Lobão teriam sido incorporados a seu patrimônio por meio de "transações sobrevalorizadas de obra de artes, inclusive em nome de laranjas, simulações de compra e venda de imóveis, simulação de empréstimos, depósitos fracionados em espécie e utilização de contas e transações financeiras no exterior".

Conforme o portal G1, as suspeitas estão ligadas ao pagamento de vantagens indevidas relacionados à Transpetro (empresa subsidiária da Petrobras) e à Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

Segundo a PF, o ajuste de pagamentos e a coleta das propinas teriam ficado a cargo de Márcio. Ele teria recebido mais de R$ 10 milhões do grupo econômico investigado e pela construtora envolvida, com intermediação de um ex-presidente da empresa de logística no ramo de combustíveis, diz a corporação.

O nome da operação, Galeria, remete às transações com obras de arte que teriam sido utilizadas como forma de dar aparência lícita aos valores provenientes de vantagens indevidas, diz a PF.

Até o publicação desta matéria, a reportagem não havia obtido o posicionamento dos citados.