General Walter Souza Braga Netto convidado para assumir o comando da Casa Civil

Jair Bolsonaro pretende demitir Osmar Terra e deslocar Onyx para Ministério da Cidadania

Escrito por Redação ,
Legenda: Onyx deve ser deslocado para o Ministério da Cidadania
Foto: Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro convidou o general Walter Souza Braga Netto para assumir o comando da Casa Civil da Presidência, em substituição a Onyx Lorenzoni (DEM-RS). A expectativa é que Onyx seja realocado para o Ministério da Cidadania, atualmente com Osmar Terra (MDB-RS). Braga Netto comandou a intervenção federal no Rio em 2018. Bolsonaro buscava um militar para comandar a Casa Civil e queria uma pessoa sem pretensões políticas.

O nome de Braga Netto chegou às mãos do presidente indicado pelo ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Aos 62 anos, Braga Netto é militar da ativa e chefe do Estado-Maior do Exército. Para sustentar a indicação de Braga Netto, o Planalto traçou seis tópicos de “argumentos” favoráveis ao militar. No topo da lista está a “capacidade administrativa”. Ele já foi oficial superior e assessor da Subsecretaria de Programas e Projetos da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência.

Braga Netto também foi adido de Defesa na Polônia e, como oficial-general, foi adido Militar do Exército junto à Embaixada dos Estados Unidos. O Palácio do Planalto destacou também a “experiência e desenvoltura” do militar como coordenador geral da Assessoria Especial dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Aliados enalteceram a desenvoltura para “coordenar tarefas administrativas de alto nível em um ambiente interagências, com foco em resultados, com grande teor de visibilidade nacional e internacional”.

Ao fazer o convite, o governo também considerou a experiência dele em 2018, quando assumiu o desafio de ser interventor federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro. A avaliação é que Braga Netto sabe lidar com “assuntos em um ambiente de grave crise”, sem abrir mão da “discrição”, o que o governo considerou “traço intrínseco de sua personalidade e formação militar”. 

O atual chefe do Estado-Maior do Exército só apareceu duas vezes na agenda oficial do presidente: a mais recente, a sós com Bolsonaro, no último dia 23 de dezembro, no Palácio da Alvorada, e a outra acompanhado de Ramos, em 25 de novembro, no gabinete presidencial.