O poder do feminino nas instituições

Mulheres seguem sub-representadas em tribunais superiores, conselhos empresariais, cargos eclesiásticos de gestão e posições executivas estratégicas

Escrito por
Carolina Parente producaodiario@svm.com.br
Advogada
Legenda: Advogada
Apesar dos avanços dos últimos anos, a liderança feminina nas instituições públicas, privadas e religiosas ainda enfrenta resistências silenciosas, disfarçadas de tradição, costume ou meritocracia seletiva. E por mais desconfortável que seja reconhecer isso, ainda é necessário, especialmente para mulheres que ocupam cargos de decisão em setores historicamente dominados por homens, como o Direito, o mundo empresarial e os espaços de representação.
 
Falar sobre liderança feminina não é apenas uma pauta de gênero, mas de eficiência, equilíbrio e inovação. Diversos estudos mostram que empresas lideradas por mulheres têm desempenho superior em critérios como sustentabilidade, governança e gestão de pessoas. No Direito, o olhar feminino tem contribuído para uma interpretação mais empática e humanizada das normas. Na Igreja, embora a estrutura canônica tenha suas particularidades, o protagonismo feminino se faz cada vez mais presente na gestão pastoral e no diálogo social.
 
Mas ainda há um longo caminho. Mulheres seguem sub-representadas em tribunais superiores, conselhos empresariais, cargos eclesiásticos de gestão e posições executivas estratégicas. E, muitas vezes, quando ocupam esses espaços, enfrentam julgamentos mais rigorosos, precisam provar constantemente sua competência e equilibrar cobranças incompatíveis com a realidade.
 
É por isso que precisamos continuar falando, escrevendo, incentivando e formando redes de apoio entre mulheres. E é nesse contexto que iniciativas como o Clube de Mulheres de Negócios em Língua Portuguesa se tornam tão relevantes: criam pontes entre culturas, fortalecem o empreendedorismo feminino e promovem o intercâmbio de experiências em uma perspectiva global, sem esquecer o que nos une: a força do feminino.
 
Mais do que buscar “espaço”, o que queremos é pertencimento. E isso só será possível quando instituições compreenderem que liderança feminina não é concessão, mas parte indispensável de qualquer futuro que se pretenda justo, plural e sustentável.
 
Enquanto esse futuro não chega por completo, seguimos abrindo caminhos. Não por vaidade, mas por vocação.
Gonzaga Mota
08 de Novembro de 2025
Doutora em educação, professora da educação básica, membro da Coordenação Colegiada do Fórum EJA/CE
Clarice Gomes Costa
08 de Novembro de 2025
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Pedro Venturini
07 de Novembro de 2025
Wellington Sampaio
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06 de Novembro de 2025
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04 de Novembro de 2025
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02 de Novembro de 2025
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02 de Novembro de 2025
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Gonzaga Mota
01 de Novembro de 2025
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31 de Outubro de 2025