Educação e saúde: um novo alcance

Programas que integram saúde mental, saúde física e educação geram resultados concretos: melhoram o desempenho e reduzem a evasão escolar

Escrito por
Davi Marreiro producaodiario@svm.com.br
Consultor Pedagógico e professor
Legenda: Consultor Pedagógico e professor

A divulgação do projeto Alcance Mais Saúde, lançado pela Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), representa um passo importante na histórica busca por uma educação integral. A iniciativa amplia o alcance da escola ao oferecer apoio físico, mental e emocional aos estudantes que se preparam para o Enem. Ao ir além dos limites da sala de aula, o projeto reconhece a complexidade das necessidades dos jovens e valoriza a formação plena, considerando tanto o aprendizado quanto o bem-estar.

A oferta de atendimentos multidisciplinares, que vão de psicologia a nutrição, passando por odontologia, enfermagem e fisioterapia, durante o período de preparação para o Enem, é uma resposta concreta a uma demanda identificada junto aos estudantes. Dessa forma, a ação amplia o alcance do serviço público, antes restrito a servidores e familiares, agora estendido à juventude estudantil. É inegável que a integração entre saúde e educação tende a fortalecer a autoestima, a resiliência e a capacidade de autogestão dos jovens, preparando-os não apenas para o vestibular, mas também para a vida adulta.

Programas que integram saúde mental, saúde física e educação geram resultados concretos: melhoram o desempenho e reduzem a evasão escolar. De acordo com o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), a taxa de abandono escolar entre estudantes com problemas de saúde mental varia entre 43% e 86%. Além disso, jovens com diagnóstico de depressão têm o dobro de chances de deixar a escola em comparação àqueles que não apresentam esse quadro.

Porém, é fundamental que tais iniciativas não sejam vistas como ações pontuais ou assistencialistas, mas que se tornem parte de uma política de Estado, com financiamento, avaliação e continuidade garantidos, alheias a gestões e interesses políticos. Práticas de governança transparente e participativa não validam a realização do impossível; apenas atestam a viabilidade de objetivos factíveis. Ou seja, um milagre revela milhões de outras possibilidades que não dependem da intervenção sobrenatural. “O sobrenatural existe, e a estupidez humana em evitar soluções naturais é uma de suas formas.”

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