União contra os mercados desleais

Escrito por Redação ,
Legenda: O presidente emérito da Abit, Rafael Cervone, diz que o acordo ajudará a combater o contrabando

Medellín. O Acordo de Complementação Econômica 72 também é visto como uma oportunidade de combater o contrabando no setor têxtil, que afeta tanto o Brasil quanto a Colômbia. A expectativa é que as relações comerciais entre os dois países substituam produtos de outros mercados que entram no Brasil e na Colômbia de forma ilegal ou com subfaturamento.

"Podemos crescer muito em detrimento dos mercados desleais. Se tomarmos parte desse mercado desleal que invade a Colômbia e o Brasil, já teremos um grande ganho. Mas também podemos integrar as produções. São duas indústrias que trabalham de forma leal. Estão se unindo para combater as práticas ilegais de comércio, para substituírem importações de terceiros países pelo comércio bilateral", afirma o presidente emérito da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Rafael Cervone.

Opinião semelhante é expressada pelo embaixador do Brasil na Colômbia, Júlio G. Bitelli, para quem o acordo também torna mais favoráveis ações dos países contra flagelos que afetam a todos, a exemplo do contrabando.

Máquinas

A indústria brasileira de máquinas e equipamentos para o setor têxtil e de confecção também está otimista com o acordo, prevendo ampliar as negociações com o mercado externo, que hoje responde por quase a metade do seu faturamento.

"A Colômbia é um parceiro comercial importante para o Brasil. O nosso setor é muito exportador. Em 2017, exportamos 45% do nosso faturamento. Desse percentual, a América Latina corresponde à metade. Então, é o principal parceiro comercial, destino de exportações de máquinas e equipamentos do Brasil. Dos negócios com a Colômbia, cerca de 80% são fechados durante a Colombiatex", conta o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios Têxteis, Marcos Lichtblau. 

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