Setor produtivo critica aumento

Escrito por Redação ,

Brasília. As entidades do setor produtivo criticaram o aumento de tributos sobre os combustíveis, anunciado ontem (20) pelo governo. Por meio de notas oficiais, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e do Estado de São Paulo (Fiesp) informaram que a medida atrasará a recuperação da economia e que o governo deveria ter buscado outras formas de equilibrar as contas públicas e garantir o cumprimento da meta fiscal.

> Governo sobe impostos e congela R$ 5,1 bilhões 

> Dólar fecha em baixa pelo 5º dia seguido; Bolsa cai 0,67%

> Prefeitos pedem revisão de alta

> Economistas estão céticos sobre medida

"Ministro (da Fazenda, Henrique Meirelles), aumentar imposto não vai resolver a crise; pelo contrário, irá agravá-la bem no momento em que a atividade econômica já dá sinais de retomada, com impactos positivos na arrecadação em junho. Aumento de imposto recai sobre a sociedade, que já está sufocada, com 14 milhões de desempregados, falta de crédito e sem condições gerais de consumo", destacou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. De acordo com ele, o governo deveria concentrar-se no corte de gastos e na melhoria da gestão do Estado, em vez de aumentar tributos. A sugestão da Fiesp é parecida com a da CNI. Em nota, o presidente da confederação, Robson Braga de Andrade, ressaltou que a medida provoca prejuízos para o consumidor e para as empresas.

Para a CNI, o equilíbrio das contas públicas deve ser perseguido pela contenção dos gastos, em vez do aumento dos impostos. A entidade recomendou a aceleração das reformas estruturais, principalmente a da Previdência Social.

Adequação e reformas

Segundo a CNI, somente as reformas restabelecerão a confiança dos empresários e dos consumidores e farão a economia brasileira recuperar-se. No mesmo tom, a Firjan defendeu em nota que "a saída para a crise fiscal não passa por mais aumento de impostos, mas na adequação dos gastos públicos ao novo cenário econômico e na urgência da aprovação da reforma da Previdência", disse a Federação em nota.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.