Economistas estão céticos sobre medida

Escrito por Redação ,

São Paulo. A decisão do governo de elevar a alíquota de um imposto que incide sobre combustíveis pode atrapalhar a recuperação da economia, por se tratar de uma medida que vai afetar todos os setores da sociedade, avalia o economista Geraldo Biasoto, professor da Unicamp.

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O governo anunciou ontem (20), altas nas alíquotas do PIS/Cofins para gasolina, diesel e etanol. "Alguma coisa o governo tinha de fazer, mas mexer em combustível é ruim porque é uma medida generalizada e pega a economia inteira, que está estagnada há 20 meses e parecia começar a dar sinais de retomada". Com o aumento de imposto, o governo tem a intenção de garantir o cumprimento da meta fiscal de 2017, de um déficit de R$ 139 bilhões. No entanto, para Biasoto, como o aumento de imposto ameaça a retomada da economia, seria mais apropriado rever a meta fiscal, para um número maior, mesmo que isso resulte em reação negativa do mercado.

Para o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, a decisão do governo federal abre a possibilidade de uma nova rodada de aumento de impostos nos próximos meses, caso as contas mostrem que o ingresso dos novos recursos não foi suficiente para garantir o cumprimento da meta fiscal.

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