12 tipos de hortaliças e frutas já estão em falta

Desde o início da greve dos caminhoneiros, a Central cearense não recebeu carregamentos de outros estados

Escrito por Redação ,

Após o nono dia de paralisação dos caminhoneiros, que deve continuar hoje, as Centrais de Abastecimento do Ceará (Ceasa-CE) continuam sem receber mercadoria de outros estados. De acordo com Odálio Girão, analista de mercado da Ceasa-CE, 56% de todos os produtos vendidos no local são advindos de outros estados do País, principalmente Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Ao todo, 12 tipos de frutas e hortaliças já estão em falta no Estado.

Os produtos que estão indisponíveis para compra na Ceasa são abacate, abacaxi, caju, graviola, laranja, maracujá, morango, nectarina, pêssego, uva, batata-inglesa e repolho. "Normalmente, recebíamos 300 caminhões de mercadoria todos os dias vindos de outros estados. Desde o início da greve, ainda não recebemos nenhum. Quase todos os produtos que vêm de fora já acabaram", afirma Odálio Girão.

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Os únicos alimentos que estão chegando à central são os de produção regional, ou seja, colhidos no próprio Estado, principalmente do maciço de Baturité e litorais leste e oeste, próximos à Fortaleza. Ainda segundo Girão, nove produtos deste tipo ainda estão sendo comercializados normalmente. São eles banana, macaxeira, ata, melancia, mamão, maçã, feijão verde, milho verde e coco verde.

"Recebemos cerca de 100 caminhões locais por dia e todos os 100 estão chegando normalmente até aqui", destaca o analista de mercado da Ceasa. Ele acrescenta ainda que, dos produtos importados, somente o alho está disponível. "O alho vem principalmente da China e de países do Mercosul. Como é um produto de maior durabilidade, os comerciantes estão vendendo o que restou das últimas feiras", pontua ele.

Preços

As centrais de abastecimento do Estado monitoram os preços dos itens diariamente. Diante do baixo nível de estoque disponível para vendas, muitos desses itens vêm sofrendo acréscimo nos preços de comercialização. De acordo com os resultados observados ontem (29), a cenoura especial havia sido o produto com maior variação de valor, com acréscimo de 233,3%, chegando a R$ 5,00 o quilo contra R$ 1,50 observados em abril.

A beterraba especial também apresentou aumento considerável de 118,18%. O item passou de R$ 2,75 no mês passado para R$ 6,00. O quilo do tomate longa vida está chegando a R$ 6,00 - alta de 87,5% em relação a abril, quando o item era vendido a R$ 3,20. Dos 23 produtos analisados no levantamento mais recente, 16 sofreram crescimento nos preços. Além dos já citados, também subiram acerola, banana pacovan, banana prata, maçã nacional-gala, mamão havaí, mamão formosa, melão amarelo, melão japonês, sapoti, melancia, batata doce, cebola pera e cebola roxa.

Redução

Os outros sete itens restantes apresentaram redução nos preços. O pimentão primeira ficou 40,48% mais barato o quilo, sendo comercializado a R$ 1,25. O quilo do chuchu também ficou 33,33% mais em conta, indo a R$ 0,80. Couve-flor, feijão verde, milho verde, pimentão extra e limão também sofreram barateamento, segundo o monitoramento da Ceasa. Odálio Girão explica porque ainda há itens com redução nos preços mesmo com a paralisação. "Esses itens que estão com retração nos preços são somente os regionais, de produção local, que estão chegando à Ceasa normalmente", esclarece o analista de mercado.

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