De hobby, gastronomia se torna maior fonte de renda

Escrito por Redação ,
Legenda: Após ter o carro roubado, a vendedora Nirlândia de Oliveira começou a vender comida, para tentar reparar o prejuízo. Agora, a lanchonete que montou é sua principal fonte de renda
Foto: FOTO: KLÉBER A. GONÇALVES

Passando de um simples hobby para possibilidade de renda extra e tornando-se, em seguida, principal fonte de sustento, a gastronomia foi a atividade que ajudou a autônoma Nirlândia de Oliveira a superar prejuízos e construir uma rotina de maior realização profissional.

>Equalizar preço e qualidade do produto é o maior desafio 

Até 2014, Nirlândia trabalhava como vendedora de consórcio, dedicando-se inteiramente à profissão. Quando teve o carro roubado, no fim do ano passado, porém, a vendedora teve a ideia de montar uma barraca, em frente à própria casa, no bairro Parangaba para vender comidas típicas. O objetivo era vender os produtos, aos fins de semana, para os moradores próximos.

A ideia se mostrou promissora durante cinco meses, após os quais um novo prejuízo atrapalhou o comércio. Em uma noite de chuva forte, a água deixou a barraca descoberta e fez com que Nirlândia perdesse quase toda a comida que estava no local.

Longe de desistir da gastronomia, a autônoma decidiu investir mais uma vez no segmento, alugando um ponto comercial na mesma rua onde mora, dedicando-se integralmente à atividade. Agora, contando com duas funcionárias, Nirlândia vende café da manhã, almoço e jantar, além de sanduíches, salgados e lanches variados.

A rotina, reconhece, é exaustiva. A lanchonete é aberta por volta das 7h30, recebendo os clientes até depois do almoço, às 13h30. O trabalho recomeça às 15h30, para vender lanches, e se estende até após o jantar, às 23h.

Realização

De todo modo, Nirlândia se diz muito mais realizada profissionalmente agora. "A gente sente o cansaço e a falta de segurança também. Mas sempre tive vontade de ter o meu próprio negócio. Todos os dias, quando abro a lanchonete, lembro que não tem mais ninguém para mandar em mim. Então, eu sinto que só tenho a ganhar", comenta.

A expectativa agora, diz com cerca de 15 almoços vendidos por dia, é continuar se expandindo. "A gente só tem que ter cuidado para não acabar dando um passo maior do que as pernas. Por enquanto, a gente está conseguindo resultados bons, mas sei também que vai ter dias que serão mais difíceis e outros, melhores", pondera Nirlândia. (JM)

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