Caso Beatriz: relembre assassinato que chocou Petrolina e é tema da estreia do Linha Direta

O crime aconteceu há quase 8 anos, no sertão de Pernambuco, e será relembrado no programa da Rede Globo

Legenda: Marcelo da Silva foi denunciado pela morte de Beatriz Angélica, em 2015
Foto: Reprodução/TV Globo

A segunda temporada do Programa Linha Direta, da Rede Globo, estreia nesta quinta-feira (18), apresentando o caso do assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos. O crime aconteceu no dia 10 de dezembro de 2015 e, desde então, a vida de uma família em Petrolina, no sertão de Pernambuco, nunca mais foi a mesma. A menina estava em uma escola, na festa de formatura da irmã mais velha, com a mãe e o pai, que era professor de inglês da instituição. 

Durante a festa, em determinado momento da noite, a menina se afastou dos pais para beber água. Após a demora para retornar, os pais tomaram a iniciativa de interromper a apresentação musical da formatura para o usar o microfone da cerimônia e pedir ajuda para localizar a filha. Todos que estavam no local logo iniciaram as buscas pela criança. 

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Mesmo percorrendo diversas salas e corredores do colégio, os presentes no local tiveram dificuldade de encontrar Beatriz. No entanto, ao verificarem um depósito desativado, acabaram localizando o corpo da criança escondido atrás de um armário, com uma faca do tipo peixeira cravada na região do abdômen. A menina também tinha ferimentos no tórax, membros superiores e inferiores.

As investigações

De acordo com as investigações, Beatriz Angélica foi morta com dez facadas. No dia do crime, nenhum suspeito foi encontrado no local, somente em 2016 a polícia divulgou as primeiras conclusões. Em um primeiro momento, acreditava-se que o autor do crime não teria agido sozinho. Imagens de câmeras de segurança da escala foram divulgadas em busca de um homem que aparecia na região do bebedouro, onde a criança teria ido para beber água.

Com a demora para solucionar o caso, os pais de Beatriz contrataram até um detetive particular e em dezembro de 2021, pouco depois do crime completar seis anos, os parentes fizeram uma caminhada de Petrolina até Recife, para pedir justiça. O caso também foi marcado pela troca de responsáveis pelo caso. Foram 8 mudanças de delegados, além de 7 perícias, mais de 400 depoimentos e mais de 900 horas de filmagem analisadas.

O caso Beatriz Angélica só começou a ser solucionado em janeiro de 2022. Após a realização de um exame de DNA na arma do crime, Marcelo da Silva foi apontado como autor e chegou a confessar a ação violenta. 

O DNA encontrado na faca foi comparado com o material genético de 124 pessoas consideradas suspeitas ao longo dos seis anos da investigação.

Já preso por outros crimes, o suposto autor confessou o assassinato de Beatriz na prisão, alegando que a garota teria se assustado com a faca que ele portava. Para “calar” a criança, ele teria a levado para uma sala e a matado. O corpo, segundo a polícia, foi encontrado em um local, mas a morte teria sido em outro. Porém, o suposto assassino não deu detalhes sobre a ação.

 

 

 


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