Ceará decide adotar intervalo de 3 meses entre doses de vacina da Pfizer contra a Covid

Bula do imunizante preconiza intervalo de 21 dias, mas Estado seguirá orientação do Ministério da Saúde; Pfizer diz que eficácia em tempo maior “não foi avaliada”

Escrito por Theyse Viana , theyse.viana@svm.com.br
Vacina Pfizer
Legenda: Vacina Comirnaty, do laboratório Pfizer/BioNTech, será 3ª aplicada no Ceará
Foto: Agência Brasil

O intervalo de tempo entre a primeira e a segunda dose da vacina da Pfizer/BioNTech no Ceará será de 12 semanas, ou seja, 3 meses. A informação foi confirmada nesta terça-feira (4) pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), que seguirá orientação do Ministério da Saúde (MS).

A bula da vacina recomenda que o tempo entre as doses seja “maior ou igual a 21 dias, de preferência 3 semanas”. Em nota, a Pfizer destacou que “a segurança e eficácia não foram avaliadas em esquemas de dosagem diferentes, já que a maioria dos participantes do ensaio recebeu a 2ª dose dentro da janela especificada”.

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A empresa reforça, porém, que “as indicações sobre regimes de dosagem ficam a critério das autoridades de saúde e podem incluir recomendações seguindo os princípios locais de saúde pública”; e frisa ainda a importância de manter “esforços de vigilância para garantir que cada pessoa receba o máximo de proteção possível”.

Também por meio de nota, o Ministério da Saúde afirma que “optou por adotar o intervalo de 12 semanas para a vacina da Pfizer devido à necessidade de ampliar a vacinação em todo o País”. A decisão passou por análise da Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis.

Nesse domingo (2), chegaram ao Ceará 17.550 doses da vacina Comirnaty, que serão “disponibilizadas como primeira dose para pessoas do grupo da 3ª fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19 em Fortaleza”, segundo a Sesa.

Informações da fabricante da Comirnaty alertam que “a proteção parcial da vacina parece começar 12 dias após a primeira aplicação”, e que “as duas doses são necessárias para fornecer a proteção máxima contra a doença, uma eficácia da vacina de 95%”.

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