Sede do Governo do Estado tem segurança reforçada durante onda de ataques
As ruas que dão acesso ao Palácio foram interditadas durante as primeiras horas desta sexta-feira (4) e a segurança foi reforçada com a presença de equipes da Polícia Militar
A série de ataques a prédios públicos e veículos que vem ocorrendo desde a quinta-feira (3) na Capital e no Interior fez com que a segurança da sede do Governo do Estado tivesse a segurança reforçada. Na madrugada desta sexta-feira (4), o Palácio Abolição, local que abriga o gabinete do governador Camilo Santana, recebeu reforço policial e teve as ruas de acesso interditadas.
As ruas que dão acesso ao Palácio foram interditadas com cones de sinalização durante as primeiras horas desta sexta e equipes da Polícia Militar faziam a vigilância do local.
No entanto, na manhã desta sexta-feira, a situação é de tranquilidade nos prédios dos principais órgãos públicos do Estado - Assembleia Legislativa, Câmara Municipal de Fortaleza, Paço Municipal e Palácio da Abolição. Apesar disso, funcionários de alguns desses órgãos relataram preocupação por conta dos recentes ataques criminosos ocorridos no Estado.
A assessoria de comunicação da Assembleia informou que foi iniciado um esquema especial de segurança no entorno da Casa, mas preferiu não divulgar detalhes. O Legislativo Estadual está em recesso parlamentar, assim como a Câmara de Fortaleza.
A diretoria geral da Câmara, por sua vez, informou que os guardas municipais que atuam no Legislativo Municipal estão mais atentos a quem entra e sai do local. Alguns guardas, porém, relataram preocupação com o esquema de segurança nas madrugadas do fim de semana.
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Este é o segundo dia em que ataques são registrados contra equipamentos públicos e ônibus do transporte coletivo em Fortaleza e Região Metropolitana. Nesta sexta-feira, os ataques se estenderam e municípios do interior também foram alvos de criminosos.
O presidente do Conselho Penitenciário do Estado do Ceará (Copen-CE), o advogado Cláudio Justa, disse acreditar que os ataques criminosos ocorrem em represália à fala do novo secretário de Administração Penitenciária (SAP), Luís Mauro Albuquerque. No dia que tomou posse no cargo, Luís Mauro afirmou que não reconhece facção criminosa no Ceará e que é contra a separação dos detentos por facção criminosa. "Eu não reconheço facção. O Estado não deve reconhecer facção. A lei não reconhece facção”, afirmou.