Pobreza extrema cai para 2,8%

Escrito por Redação ,

Brasília. A taxa de extrema pobreza no Brasil diminuiu de 7,6% da população, em 2004, para 2,8%, no ano passado, disse ontem a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, após análise dos dados da Pnad 2014, divulgada pelo IBGE.

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Na Região Norte, a pobreza extrema caiu de 9,6% da população, em 2004, para 3,9%, em 2014. No Nordeste, a redução foi de 16,5% para 5,7%. "O Brasil ainda tem muito a fazer, muita desigualdade a reduzir, muito o que melhorar com relação à pobreza. Mas chama a atenção a queda onde a gente tinha a maior severidade da pobreza no Brasil", afirmou a ministra ao comentar os dados da Pnad 2014.

São consideradas extremamente pobres pessoas com renda mensal de até R$ 77, fixada com base na referência da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

Em dez anos, a queda da extrema pobreza foi mais acentuada entre crianças até 5 anos. O percentual caiu de 14,7%, em 2004, para 5,4%, no ano passado.

De acordo com a Pnad, de 2013 para 2014, o crescimento do rendimento médio mensal real domiciliar per capita no Brasil foi de 2,4% (de R$ 1.217 para R$ 1.246). Enquanto a parcela dos 10% mais pobres teve aumento real de 6,2% (de R$ 146 para R$ 155), os 10% mais ricos tiveram aumento de 2,1% (de R$ 5.076 para R$ 5.183).

"Houve redução da desigualdade no país, sistemática e persistente. O Índice de Gini melhora em todas as regiões. Os indicadores mostram um Brasil que avança, que melhora do ponto de vista da renda, da cidadania, dos bens", disse a ministra.

Corte no Bolsa Família

A ministra Tereza Campello também disse que um corte no Bolsa Família pode aumentar a pobreza, a extrema pobreza e o trabalho infantil no País, além de levar à retirada de 23 milhões de pessoas do programa. Os recursos previstos para o programa na proposta de Lei Orçamentária da União para 2016 são de R$ 28,8 bilhões. O relator do Orçamento, deputado Ricardo Barros (PP-PR), contudo, está analisando um possível corte de R$ 10 bilhões na verba.

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