IBC-Br avança 1,45% no trimestre até abril

Índice do Banco Central funciona como um parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira

Escrito por Redação ,
Legenda: Banco Central avalia que atual crise política, após as delações da JBS sobre o presidente Michel Temer, pode afetar a recuperação do País

Brasília O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou alta de 1,45% no acumulado do trimestre encerrado em abril de 2017, na comparação com o trimestre anterior (novembro a janeiro), pela série ajustada do Banco Central (BC). Já na comparação do trimestre até abril deste ano com o trimestre até abril do ano passado, o índice caiu 0,64% pela série observada.

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Como de costume, o Banco Central revisou dados do Índice de Atividade Econômica na margem, na série com ajuste. Em março, o IBC-Br passou de -0,44% para -0,40%. Em fevereiro, o índice foi de +1,37% para +1,34%. No caso de janeiro, a revisão foi de +0,37% para +0,51%. O dado de dezembro foi de -0,04% para -0,15% e o de novembro permaneceu em +0,05%. Em relação a outubro, o BC substituiu a taxa de zero (0,00%) pela de -0,23%.

Conhecido como "prévia do BC para o Produto Interno Bruto (PIB)", o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A previsão oficial do BC para a atividade doméstica deste ano é de avanço de 0,50%. No Relatório de Mercado Focus, a mediana das estimativas do mercado estava em 0,41%.

Mensal

Após cair 0,40% em março (dado já revisado), a economia brasileira registrou avanço em abril de 2017. O IBC-Br do mês teve alta de 0,28% ante março, com ajuste sazonal, informou a instituição financeira. O índice de atividade calculado pelo BC passou de 134,39 pontos para 134,76 pontos na série dessazonalizada de março para abril. Este é o maior patamar para o IBC-Br com ajuste desde fevereiro (134,93 pontos).

A alta do IBC-Br ficou dentro do intervalo obtido entre analistas do mercado financeiro, que esperavam resultado entre zero e +0,90% (mediana de +0,31%). No acumulado de 2017 até abril, o recuo é de 0,44% pela série sem ajustes sazonais. Também pela série observada, é possível identificar um recuo de 2,75% nos 12 meses encerrados em abril.

Na comparação entre os meses de abril de 2017 e 2016, houve queda de 1,75% também na série sem ajustes sazonais. A série observada encerrou com o IBC-Br em 132,87 pontos em abril, ante 141,05 pontos de março e 135,23 pontos de abril do ano passado.

O indicador de abril de 2017 ante igual mês de 2016 mostrou desempenho pior que o apontado pela mediana (-1,40%) das previsões de analistas do mercado financeiro (-2,50% a +0,20% de intervalo). O patamar de 132,87 pontos é o pior, para meses de abril, desde 2009 (123,09 pontos).

Estabilização

Os dados do IBC-Br indicam que a economia brasileira está em processo de estabilização. O BC tem destacado que a atividade está passando por período "compatível com estabilização da economia brasileira no curto prazo e recuperação gradual ao longo do ano". Entretanto, a atual crise política, após as delações de executivos da JBS colocarem em dúvida a sustentabilidade do governo Michel Temer e o avanço das reformas, pode afetar a recuperação do País. O BC vem defendendo que será preciso monitorar o efeito da crise política sobre a própria atividade, já que eventuais dificuldades no andamento das reformas podem prejudicar a recuperação econômica.

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