Não haverá aumento de carga tributária num primeiro momento, diz Meirelles

Situação do salário mínimo será discutida junto com a Previdência. Bancos públicos, como BB e Caixa, ainda estão sem presidentes.

Escrito por Estadão Conteudo ,

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou a dizer que o governo descarta, "no primeiro momento", o aumento ou criação de novos impostos. "Em algum momento, pode-se, temporariamente, estabelecer ou propor algum imposto se for necessário à frente", afirmou.

Segundo ele, o governo reduzirá os subsídios, tanto no sentido de diminuir as despesas quanto para recuperar as receitas. Ele também conta, para reforçar os cofres públicos, com programas de venda de ativos.

"A carga tributária já está em ritmo elevado. Para voltar a crescer, é importante sinalizar que não haverá aumento da carga no primeiro momento", disse. 

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Vinculação do salário mínimo: debate junto com Previdência

O ministro da Fazenda informou que a vinculação do salário mínimo será discutida junto com a reforma da Previdência. Ele destacou que a reforma está sendo objeto de discussão por um grupo de trabalho liderado pela Casa Civil.

Ao explicar as medidas, o ministro procurou fixar um teto para todos os gastos e, a partir daí, serão discutidas as mudanças necessárias para permitir a sua implementação. "Temos que ver os benefícios que são vinculados à evolução do salário mínimo", afirmou.

O ministro disse que a proposta do teto para o gasto é consistente. Ele destacou que haverá uma agenda intensa de trabalho nas próximas semanas e meses. Meirelles disse que o governo está no seu oitavo dia útil e que esse é um tempo bastante acelerado. 

BB e Caixa Econômica: ainda sem nomes

Meirelles não deu prazos para a indicações de nomes para a presidência dos bancos públicos, entre eles, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Ele disse que está fazendo ainda a análise dos bancos e enfatizou que há um escala de prioridades de medidas, que começou com a mudança da meta e, agora, como anúncio das primeiras medidas.

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