Governo poderá cortar despesas em decreto

A economia prevista pelo governo com as medidas é de R$ 18 bilhões.

Escrito por Estadão Conteúdo ,
O coordenador-geral de Planejamento Estratégico da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Otavio Ladeira de Medeiros, afirmou, em conferência com investidores organizada pelo Citi, que o governo poderá cortar despesas no decreto de contingenciamento.
 
Na conferência, os investidores manifestaram preocupação com a negociação política do governo no Congresso Nacional para a aprovação das medidas que restringem o acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários. A economia prevista pelo governo com as medidas é de R$ 18 bilhões.
 
Questionado sobre essas medidas, Ladeira disse que o governo está negociando, mas destacou que há outras medidas que não necessitam do Congresso Nacional, como aumento de alguns tributos.
 
Ladeira garantiu que, se houve redução da economia de receita com as medidas do Congresso haverá "ajustes em outras áreas". Ele explicou que, após a aprovação do Orçamento pelo Congresso, o governo tem 30 dias para divulgar o decreto de contingenciamento do Orçamento que garantirá o cumprimento da meta de superávit primário de R$ 66,3 bilhões fixada pelo governo para 2015.
 
Ele lembrou que o governo já adotou medidas de aumento de tributos em R$ 20,6 bilhões e cortou de R$ 9 bilhões de despesas para o setor elétrico.
 
O subsecretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, destacou na conferência que a estratégia do Tesouro é manter o colchão de liquidez da divida com recursos suficientes para honrar pelo menos três meses de vencimentos.
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