Emissão de vistos eletrônicos para o Brasil dispara

Nos Estados Unidos, medida garantiu 87% a mais de autorizações, comparando fevereiro de 2018 com o mesmo mês no ano passado

Escrito por Redação Diário do Nordeste ,

O recém-criado visto eletrônico para turistas australianos, canadenses, norte-americanos e japoneses entrarem no Brasil tem gerado bons resultados. De 1º de fevereiro a 2 de março de 2018 foram emitidas 14.654 autorizações nos Estados Unidos. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) registrou um aumento de 87% em relação às autorizações feitas em igual período em 2017, quando a emissão era realizada apenas pelo modelo tradicional.

Ainda de acordo com o MRE, na Austrália este aumento foi de 80%, no Canadá, 47%, e no Japão, 37%. A simplificação dos vistos de visita por meio de sistema eletrônico, o chamado e-visa, começou em 21 de novembro de 2017 na Austrália. Em janeiro deste ano, a medida entrou em vigor para cidadãos do Japão, do Canadá e dos Estados Unidos. O presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Vinicius Lummertz, que esteve ao lado do ministro do Turismo, Marx Beltrão, nos EUA, em uma ação para o lançamento da medida, reforça a importância do visto eletrônico para o turismo do Brasil.

“Esta é considerada uma das maiores mudanças na estratégia de internacionalização do setor turístico do Brasil. A expectativa da Associação de Agências de Viagens dos Estados Unidos (USTOA, na sigla em inglês) é que dobre o número de turistas americanos que visitam o nosso País por causa dessa facilitação. O mesmo ocorre em relação aos demais países que já têm o visto eletrônico”, comemora Lummertz.

De acordo com dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), medidas de facilitação de entrada dos turistas incrementam em até 25% o fluxo entre os destinos beneficiados. Pelas projeções do Ministério do Turismo, os visitantes americanos gastarão US$ 177,6 milhões a mais na economia brasileira. As últimas estatísticas apontam que mais de 570 mil turistas dos Estados Unidos escolhem o Brasil como destino turístico, injetando, em média, US$ 710,5 milhões na economia do País por ano. Os norte-americanos são o segundo maior mercado emissor de turistas para o Brasil, atrás apenas da Argentina.

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