Nome de ministro da Fazenda ainda não está definido

Nesta semana, Dilma Rousseff se reuniu com o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, um dos mais cotados

Escrito por Redação ,
Legenda: Entre os cotados para a Fazenda, estão o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco (acima), e o ex-secretário do Tesouro Nacional (abaixo), Joaquim Levy
Foto: fotos: kiko silva/andré lima

Brasília. Um dia depois de conversar com o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, a presidente Dilma Rousseff não confirmou a indicação do banqueiro para assumir a vaga de Guido Mantega no Ministério da Fazenda. "Eu não divulguei nada", disse Dilma, depois de participar da Conferência Nacional de Educação, em Brasília, nesta quinta-feira (20). "Vocês (repórteres) dão fora atrás de fora".

Assediada por dezenas de conferencistas depois do evento, a presidente não respondeu à reportagem sobre quando deverá anunciar o sucessor de Mantega na Fazenda. A escolha de um nome para a Fazenda, para tentar acalmar o mercado, e os desdobramentos e reflexos políticos para o governo em decorrência da Operação Lava Jato foram os dois temas dominantes da reunião de Dilma com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no fim da tarde de terça-feira (18), em Brasília.

No início deste mês, a imprensa noticiou que o presidente do Bradesco já teria recusado o convite de Dilma Rousseff para comandar o Ministério da Fazenda. À época, um executivo próximo a Trabuco disse não fazer sentido a ida dele para a Fazenda, um posto com subordinação direta à Presidência da República, devido ao seu perfil "muito propositivo". "Quem conhece Trabuco sabe também que ele não tem esse perfil (para o ministério)", disse o interlocutor.

A conversa desta semana entre Dilma e Trabuco, contudo, abriu espaço para novas especulações a respeito da possibilidade do presidente do Bradesco assumir o ministério da Fazenda. Trabuco é o quarto presidente do Bradesco nos 70 anos de existência do grupo financeiro. Aos 63 anos, iniciou sua trajetória no banco aos 18. Em 2003, assumiu o Grupo Bradesco de Seguros e Previdência e, em 2009, passou a chefiar a presidência do Banco Bradesco S/A.

Outros cotados

O presidente do Bradesco é o principal nome cotado para assumir o Ministério da Fazenda. Além dele, cogita-se o deslocamento do atual presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, para a Fazenda. O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, também é cotado para o posto, além do ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa.

Outro nome que entrou para a lista dos mais cotados para ocupar o cargo de ministro da Fazenda foi o do ex-secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy. A informação, dada à agência de notícias Reuters, é de uma fonte governamental próxima ao núcleo do governo e com conhecimento sobre a montagem da nova equipe econômica. "A presidente Dilma recebeu a indicação de Joaquim Levy e isso agora está sendo considerado", disse.

Joaquim Levy esteve à frente do Tesouro Nacional na gestão do ex-ministro Antonio Palocci, quando o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula buscava conquistar a confiança dos agentes econômicos. Levy, hoje, é o diretor-superintendente do Bradesco Asset Management, braço de gestão de recursos Bradesco

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