Metrofor vai realizar concurso público

Escrito por Redação ,
Legenda: A ideia é contratar cerca de 600 pessoas para vagas nos setores administrativo e operacional do metrô, em Fortaleza
Foto: fotos: José Leomar
Medida foi aprovada pelo Conselho de Administração do Metrofor, falta apenas a autorização do governo

Até o fim deste ano, o governo estadual deverá ofertar 600 vagas, por meio de concurso público, para profissionais que desejem trabalhar nas áreas administrativa e de operação do metrô de Fortaleza. A informação foi confirmada pelo presidente da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), Rômulo Fortes, na tarde de ontem, durante audiência pública, realizada pela Comissão de Viação, Transporte, Desenvolvimento Urbano e Interior, no Complexo de Comissões da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará. O propósito do encontro era apresentar o andamento das obras e dirimir dúvidas de deputados, prefeitos, vereadores e demais autoridades presentes acerca do impacto do empreendimento nas cidades da Região Metropolitana de Fortaleza onde passam os trilhos.

"A gente vai fazer o concurso neste ano. Já estou abrindo o processo. O Conselho de Administração da Companhia já autorizou. Logicamente, que a gente vai ter de levar a instâncias superiores do governo pra poder ter autorização para que o concurso seja deflagrado ainda em 2011", antecipou Rômulo.

Segundo ele, enquanto as novas contratações não acontecem, os primeiros passos para capacitação para trabalhar no metrô na Capital cearense e cidades vizinhas já estão sendo dados. "O que é fato é que o nosso pessoal, que é do quadro, já está sendo treinado para operar o metrô. Estou com uma equipe de 17 pessoas, em Recife, em treinamento. Eles já estão se preparando para a operação futura do metrô de Fortaleza", declarou.

Aditivo

Um problema que pode atrapalhar a estimativa de conclusão das obras ainda está sem definição: a celebração do aditivo contratual que contempla os sistemas fixos, que envolvem energia, sinalização e controle da Linha Sul do Metrofor. Conforme Rômulo Fortes, todo o projeto teve de ser reformulado no âmbito da estrutura elétrica por conta da alteração de tomadas de dois por três pontos. A mudança, segundo ele, causou um dos gargalos que chegou a impactar no prazo e orçamento estipulado para obra.

Contudo, esta preocupação estaria completamente sanada através do aditivo no contrato. O presidente ´se mostrou tranquilo quanto à resolução desse problema. "Falei hoje (ontem) com a CGU (Controladoria Geral da União). Eles estão terminando a revisão da nota técnica. Isso porque, hoje, o Metrofor não toma mais nenhuma atitude sem antes consultar os organismos de controle. Só iremos fazer o aditivo de acordo com a nota técnica da CGU, que, segundo promessa deles, deveria ter sido emitida esta semana. Mas, como ela é muito curta, eles deverão terminar a revisão no começo da semana que vem, para lançar a nota técnica, que vai balizar a celebração do nosso aditivo", explicou.

Linha Sul

De acordo com Rômulo Fortes, os trabalhos estão bem adiantados na Linha Sul. Ele afirmou que, praticamente, 90% das obras de construção deste trecho (entre Pacatuba e o Centro da Capital) já estão concluídas.

"Nós estamos chegando na reta final", informou, ressaltando que foram investidos aproximadamente R$ 2 bilhões só nesta linha, que é uma das quatro que irão compor a malha férrea de transporte ferroviário de passageiros, na Região Metropolitana de Fortaleza.

"As obras civis devem ser concluídas, em 2011. No ano que vem, a gente termina toda a operação de sistema. E a operação plena já no fim de 2012, quando a gente opera até Parangaba. Este ano, ainda, nós fazemos a operação assistida com público sem cobrar passagem, e sem trabalhar em todo o espectro do dia. Em 2012, operação entre 5 e 23 horas, já com cobrança de passagem, trabalhando efetivamente como metrô até Parangaba. No 2º semestre do ano que vem, a gente pretende concluir tudo e estar operando até a Estação Xico da Silva (antiga João Felipe)", projetou.

Sem banheiros públicos

Uma das curiosidades, no mínimo estranha para um projeto que visa atender milhares de pessoas, é que não há banheiros públicos em nenhuma das 20 estações distribuídas nos 24 quilômetros de trilhos da Linha Sul. Serão colocados à disposição, em emergência, apenas os banheiros funcionais.

Na opinião do presidente do Metrofor, essa é uma tendência seguida em outros lugares do País, onde estão sendo feitos metrôs. "É uma concepção moderna. Como é um transporte rápido, e levando em consideração a vida atribulada da população urbana, não há necessidade de toaletes públicos".

ILO SANTIAGO JR.
REPÓRTER
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