Juros do cartão caem a 345% ao ano; menor desde 2015

Escrito por Redação ,
Legenda: Considerando a taxa mensal, a Anefac mostrou que os juros do rotativo do cartão de crédito atingiram 13,25% em maio deste ano
Foto: Foto: Lucas de Menezes

São Paulo. As taxas médias de juros que incidem no rotativo do cartão de crédito caíram para 345,1% ao ano (13,25% ao mês) em maio, sexta redução consecutiva, segundo levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), divulgado ontem (8).

Trata-se do menor patamar de juros registrado desde julho de 2015, quando a taxa foi de 13,03% ao mês, o equivalente a 334,84% anuais. Em abril, a taxa era de 397,75% ao ano (14,31% ao mês). A queda reflete os sucessivos cortes da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 10,25% ao ano.

Das seis linhas de crédito pesquisadas pela Anefac, todas caíram em maio. O juro médio das modalidades voltadas às pessoas físicas recuou de 148,20% ao ano (7,87% ao mês) em abril para 142,20% ao ano (7,65% ao mês) em maio. É a menor taxa desde dezembro de 2015, segundo a associação. O cheque especial, segunda linha de crédito mais cara, também registrou redução nos juros médios em maio. A taxa passou de 302,3% ao ano para 301,4%.

No empréstimo pessoal, o juro médio também caiu entre abril e maio, de 68,62% ao ano para 67,84% ano.

Pessoa jurídica

Os juros médios cobrados de empresas caíram para 4,53% ao mês em maio, o que equivale a 70,17% ao ano. Das três linhas de crédito analisadas, todas tiveram queda nas taxas. A taxa de desconto de duplicatas recuou para 2,92% ao mês, o que significa 41,25% ao ano. Já a linha de capital de giro caiu para 2,44% ao mês em maio, o equivalente a 33,55% ao ano. Na modalidade de conta garantida, o juro médio passou de 8,27% ao mês (159,48% ao ano) para 8,23% ao mês, o que equivale a 158,33% ao ano.

Perspectivas

"Tendo em vista a melhora das expectativas quanto à queda da inflação, bem como, na melhora fiscal, deveremos ter novas quedas da Selic o que reduz o custo de captação dos bancos possibilitando novas diminuições nas operações de crédito. Entretanto, tendo em vista o cenário econômico, isso aumenta igualmente o risco de novas elevações das taxas de juros aos consumidores", afirmou a Anefac.

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