Indústria: câmbio de R$ 5 seria ideal

Escrito por Redação ,

São Paulo. Mesmo com a alta do dólar nos últimos meses, a indústria de transformação ainda não considera o nível atual do câmbio como de equilíbrio, disse ontem o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Carlos Pastoriza.

De acordo com ele, o desequilíbrio se dá porque há uma "grande" e "histórica" distorção entre a inflação nos Estados Unidos e no Brasil.

Pelos cálculos do executivo, somente com um dólar a R$ 5 seria suficiente para corrigir a diferença de competitividade entre Brasil e Estados Unidos.

Durante coletiva de imprensa para comentar os dados do setor do primeiro semestre, Carlos Pastoriza explicou que o cálculo do câmbio a R$ 5 tem como referência os anos de 2000 e 2001, quando o saldo comercial da indústria de transformação era "saudável", em cerca de R$ 40 bilhões.

"Se você pegar daquela época para cá e descontar a inflação norte-americana e brasileira nesses últimos 15 anos, o câmbio que deveria corrigir essa diferença para manter a competitividade vai chegar a R$ 5, que é o câmbio implícito do setor automotivo", afirmou o presidente da Abimaq.

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