Governo estuda seis áreas para novo aeroporto

Entre os detalhes que serão avaliados, estão aspectos como espaço disponível e geografia do terreno

Escrito por Redação ,
Legenda: Hoje, o governo trabalha com localizações em municípios dentro da área de influência do Complexo Industrial e Portuário do Pecém
Foto: FOTO: TUNO VIEIRA

Foi confirmada a viabilidade econômica da instalação de um novo aeroporto de cargas e passageiros na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A conclusão, apresentada pela empresa The Louis Berger Group, especializada em planejamento aeroportuário, está presente no documento que aponta parâmetros para instalação do aeródromo. O Governo do Estado, agora, trabalha com seis possíveis localizações para o empreendimento, das diversas áreas apresentadas no estudo.

Na última segunda-feira, o governo estadual realizou uma reunião com o grupo de trabalho que está avaliando o estudo do aeroporto. Um nova reunião já está agendada para o próximo dia 17, onde serão aprofundadas as discussões da análise de viabilidade técnica e econômica do novo aeródromo e discutidas as possíveis localizações. Um grupo técnico da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) está analisando as seis localizações que estão sendo trabalhadas no momento. O governo não divulga quais são elas. Entre os detalhes que estão sendo avaliados, estão aspectos como espaço disponível, geografia do terreno, critérios da Aeronáutica e menor necessidade de investimento em infraestrutura no entorno, para definição sobre o melhor local.

Necessidade

O novo aeroporto é apontado, pela secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado, Nicolle Barbosa, como uma necessidade diante do potencial de crescimento do Estado. "O Ceará tem condições de ser um 'hub' (ponto concentrador) aéreo e marítimo. A localização privilegiada é um grande diferencial. Queremos explorar essa condição e traçar a estratégia de forma intersetorial, discutindo amplamente e de forma dinâmica, por isso o envolvimento de vários órgãos e secretarias", diz.

Para a secretária, o novo aeroporto também será importante para fortalecer as exportações, dando uma nova condição de competitividade ao Estado. A reunião realizada na segunda-feira contou com a participação do presidente da Adece, Ferrúccio Feitosa, do Secretário de Meio Ambiente, Artur Bruno, e de técnicos da Seinfra e da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag). No próximo encontro, a Secretaria do Turismo também será convidada, uma vez que, além de cargas, o novo terminal aeroportuário também transportará passageiros.

Parceria Público-Privada

O projeto do aeroporto deverá ser realizado por meio de Parceira Público-Privada (PPP). Ainda não foi informado, contudo, como será o modelo a ser adotado para o projeto. Inicialmente, a ideia era de que o aeroporto ficasse dentro do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp). Atualmente, o governo trabalha com localizações em municípios dentro da área de influência do Cipp.

A Louis Berger está sendo financiada pela Agência dos Estados Unidos para o Comércio e Desenvolvimento (USTDA), que foi contratada pela Adece, ainda em 2012, para elaborar o documento. A empresa fez uma parceria com a Consultoria Project, de Recife.

A demora na conclusão do projeto foi motivada pela inviabilidade detectada dos dois sites apresentados anteriormente pelo Estado. Após isso, os trabalhos pararam e foi feito um aditivo ao contrato para que fosse buscada uma nova localização e feita a continuação do projeto.

Um novo aeroporto, servindo ao Pecém, é um projeto antigo do governo. Em 2008, já havia articulações no sentido de construção de um aeródromo, que pudesse impulsionar a movimentação de cargas por via aérea. Em 2013, o então presidente da Adece, Roberto Smith, cogitou que o terminal poderia servir a passageiros e, inclusive, tornar-se o responsável pelos voos internacionais do Estado.

Sérgio de Sousa
Repórter

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