Governo abre 37 inquéritos para investigar empresários

Escrito por Redação ,
Legenda: Os ministros Raul Jungmann e Sérgio Etchegoyen participam do gabinete de monitoramento da crise
Foto: Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Brasília. A Polícia Federal (PF) abriu 37 inquéritos em 25 estados para investigar se houve apoio de empresas de transporte à paralisação dos caminhoneiros, o chamado locaute, o que é ilegal e punível com prisão e multa. Em entrevista no Palácio do Planalto, o ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que já podem ter ocorrido prisões, mas não deu detalhes.

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"Temos comprovado seguramente que essa paralisação, em parte teve desde o início, a promoção e o apoio criminoso de proprietários, patrões de empresas transportadoras que podem ter certeza, irão pagar por isso", afirmou o ministro.

As situações que, caso comprovadas, podem se enquadrar na prática de locaute, de acordo com Jungmann, são: empresas que não permitem ou não mobilizam os motoristas para entrega de cargas e que dão suporte seja financeiro, seja com fornecimento de alimento ou ordem para que os motoristas permaneçam paralisados.

Multas

Segundo ele, o setor de transporte de cargas é concentrado em poucas empresas de grande porte. "A Polícia Federal está intimando todas essas empresas, não apenas as que são suspeitas, mas todas para apresentar as consequências e as decisões tanto do governo quanto do Supremo Tribunal Federal", frisou.

Jungmann informou que desde o início da paralisação de caminhoneiros, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) emitiu pelo menos 400 autos de infração, com multas que somam R$ 2,03 milhões, correspondente a infrações de trânsito.

Conforme ele, tem sido aplicadas as multas de R$ 100 mil por hora contra entidades ou empresas que estejam promovendo interdições de estradas pelo País, conforme estipulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Jungmann e Sérgio Etchegoyen, Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, concederam entrevista após a segunda reunião do gabinete de monitoramento no Palácio do Planalto.

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