Frutas e hortaliças ficam escassas e sobem até 220%

Escrito por Redação ,

O abastecimento de frutas e hortaliças no Ceará já está comprometido devido à greve dos caminhoneiros e os preços dos produtos aumentou até 220% em um mês. De acordo com Odálio Girão, analista de mercado da Ceasa/CE, o estoque atual só deve durar até o fim de semana. "Houve uma queda de 90% no ingresso de caminhões nos últimos dias. Já há escassez de uva e batata-inglesa. O que tem no estoque dá para manter nos próximos dias, mas na segunda-feira (28) precisamos de mercadoria nova", afirmou.

Girão também informou que 56% de toda a produção vendida na Ceasa vêm de outros estados. "Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul são nessa ordem os principais emissores de frutas e hortaliças para o Ceará. O que está segurando ainda é a produção local da Serra da Ibiapaba, que está mandando maracujá, tomate, couve e pepino".

O analista ainda afirmou que os comerciantes estão preocupados com o desabastecimento. "A laranja, que vem de outros estados, é produção remanescente. O abacate está com pouco estoque, por exemplo", acrescentou.

Preços

Uma das preocupações do mercado é a questão dos preços que já dão sinais de alta. É o caso da batata-inglesa que subiu 221,43% na passagem de abril para maio. O quilo da hortaliça passou de R$ 2,80 para R$ 9 na Ceasa refletindo diretamente nos preços dos supermercados cearenses.

Uva

A uva, segundo Odálio Girão, já está ausente no mercado. A fruta subiu 77,78% e passou de R$ 4,50 para R$ 8 em um mês, de acordo com o Sistema de Informação de Mercado Agrícola divulgado pela Ceasa/CE.

O preço do quilo da cenoura extra aumentou 60% na Central de Abastecimento do Ceará, passando de R$ 2,50 para R$ 4 de abril para maio.

O quilo do maracujá também teve aumento e passou de R$ 4 em abril para R$ 5,50 em maio, uma elevação de 37,50% em apenas um mês, segundo informações da Ceasa.

A beterraba e o tomate longa vida também tiveram acréscimos no valores do quilo dos produtos. Os dois produtos custavam R$ 3 em abril e agora estão sendo comercializados a R$ 4, alta de 33,33%.

Também tiveram altas produtos como o pimentão (26%), a cebola pêra (25%), o repolho híbrido (20%) e também a goiaba (16,67%).

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