Falta de planejamento gera atraso nas obras, diz TCU

Escrito por Redação ,
Legenda: Demissões no Aeroporto Internacional Pinto Martins continuam acontecendo mesmo sem definição sobre a rescisão do contrato da obra
Foto: Foto: José Maria Melo

Brasília/Fortaleza. A falta de planejamento é o principal motivo do atraso em obras que deveriam estar prontas para a Copa do Mundo, afirmou ontem (9) o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Augusto Nardes, ao participar de audiência pública na Comissão do Esporte da Câmara. Segundo ele, foram economizados cerca de R$ 700 milhões para os cofres públicos graças à atuação do tribunal na fiscalização dos contratos.

"O que mais preocupa o TCU é a falta de planejamento. Por isso, apresentamos um projeto de governança para acabar com o jeitinho nas obras públicas e fazer com que tudo seja feito com planejamento. Esses R$ 700 milhões economizados eram consequência de superfaturamento e sobrepreço em obras da Copa", disse Augusto Nardes.

Ele lamentou também os atrasos nas obras de mobilidade urbana constatados pelo TCU nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo. O ministro acrescentou que, nos últimos cinco anos, a atuação do TCU contra irregularidades no uso de dinheiro público resultou em uma economia de R$ 102 bilhões. Além disso, 7 mil pessoas foram condenadas pelo TCU em processos por improbidade administrativa e outras irregularidades.

Demissões no aeroporto

Mesmo sem a definição da Infraero sobre a rescisão de contrato para a ampliação do Aeroporto Internacional Pinto Martins - mais uma das tantas obras cuja entrega visava o Mundial deste ano -, o consórcio CPM Novo Fortaleza segue demitindo operários. Denúncia feita por André Santos, dá conta de 40 funcionários da MPE foram demitidos.

"O pior é que não pagaram os direitos alegando que a Infraero não repassou o dinheiro. Dos 500 que trabalhavam lá, só ficou uns 40 ou 30", contou.

No começo da semana, o Ministério Público Federal no Ceará recomendou a rescisão do contrato de ampliação, mas, até agora, a Infraero segue com a recomendação em análise pelo departamento jurídico dela.

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