'Esperamos comemorar a retomada também em maio'

Escrito por Redação ,
Legenda: Segundo o ministro Ronaldo Nogueira, ainda há uma perda de 969,8 mil vagas em 12 meses
Foto: Foto: Ag. Brasil

Brasília. O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, comemorou ontem o saldo positivo de 59.856 vagas de emprego formal em abril no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Esse foi o primeiro resultado positivo para o mês desde 2014, mas, nos quatro primeiros meses de 2017, há ainda uma perda de 933 postos de trabalho com carteira assinada. Em 12 meses, há um fechamento de 969.896 vagas.

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"Estamos comemorando números positivos de abril e espero comemorar essa retomada do emprego no Brasil com número positivo também em maio. Esperamos que se estabeleça e se concretize essa tendência de números positivos. Quanto maior é o número de trabalhadores contratados e recebendo salários, melhor será a retomada da economia", avaliou.

Segundo ele, com a Reforma Trabalhista, o número de trabalhadores contratados com carteira assinada deve aumentar. O ministro disse que o objetivo da mudança na legislação não é baratear o custo de mão de obra, mas melhorar as condições dos trabalhadores, com a garantia de direitos e segurança jurídica para os acordos coletivos.

"O empregador não pode ter medo de contratar, porque desde que ele cumpra com as suas obrigações ele não será surpreendido com decisões baseadas em outro entendimento legal", avaliou. Nogueira disse ainda que a terceirização é uma realidade no Brasil e no exterior. "Terceirização é fenômeno global e precisamos dar garantias para o trabalhador", concluiu.

Crise

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou ontem, que o Brasil já saiu da crise e voltou a crescer, destacando também durante palestra proferida em Nova Lima (MG) a criação dos mais de 59 mil postos de trabalho em abril. "O País que estava em crise já saiu da crise", disse o ministro, ao discursar no evento Conexão Empresarial. Ao tratar do número de empregos criados no mês passado, Meirelles observou que a queda do desemprego no Brasil é um processo que será mais facilmente percebido mais tarde, "um mês após outro".

Meirelles considerou que, após o Brasil passar pela maior recessão de sua história, o nível de confiança dos empresários voltou a crescer, numa recuperação em que, para ele, a regra que estabeleceu um teto aos gastos públicos, aprovada em dezembro, foi fator "fundamental".

O ministro reafirmou a visão da equipe econômica de que o crescimento insustentável das despesas públicas, levando à queda da confiança e da atividade, foi um "ponto fundamental" na crise. Meirelles aproveitou o evento para citar as medidas tomadas pelo governo para reverter o quadro, como, além da regra do teto, a devolução ao tesouro de recursos disponíveis no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a aprovação em julho da Desvinculação de Receitas da União, que deu maior flexibilidade ao orçamento.

O titular do Ministério da Fazenda comentou ainda que, embora alto, o déficit das contas públicas do ano passado, de R$ 154 bilhões, foi menor do que o previsto: R$ 170,5 bilhões.

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