Empresa planeja exportar tampas de latas de alumínio

Escrito por Redação ,

Com nova matriz no Brasil sediada em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), a empresa polonesa de embalagens de metal Can-Pack se prepara para aumentar a produção de sua fábrica de tampas de latas alumínio no Ceará e alcançar, em um segundo momento, o mercado internacional.

"Existindo uma capacidade ociosa na fábrica, a gente planeja buscar mercados, principalmente na América do Sul, América Central e África. Por enquanto, queremos que toda tampa produzida aqui atenda ao mercado brasileiro", disse o presidente da Can-Pack Brasil, Paulo Dias, durante solenidade de inauguração das duas fábricas - a de tampa e a outra do corpo das latas de alumínio, em funcionamento lado a lado em Maracanaú.

A partir de maio, a unidade de tampas ficará temporariamente fechada para passar por reforma e modernização. O intuito é que em agosto volte a operar, mas com uma produção dobrada, passando das atuais 150 milhões de tampas fabricadas por mês para 300 milhões.

Embora o plano de exportação não tenha data para ocorrer, Paulo Dias explica que as tampas têm uma vantagem sobre as latas de alumínio no processo logístico. Tanto que a produção das latas hoje tem um escoamento voltado exclusivamente para as regiões Norte e Nordeste. "Quando você transporta latas, transporta ar. Então, existe uma distância geográfica em que ela começa a perder competitividade. Não é como a tampa que a gente consegue despachar para qualquer lugar".

Desde dezembro de 2017, a empresa iniciou a distribuição de tampas para clientes do Mato Grosso e Minas Gerais e neste mês enviou as primeiras latas para Ceará e Rio Grande do Norte.

Retomada

Com investimento aproximado de R$ 600 milhões nas duas fábricas, a Can-Pack projeta gerar cerca de 300 empregos diretos no Ceará. A aposta no Brasil, onde também inaugura na próxima segunda-feira (23) uma unidade em Itumbiara, no estado de Goiás, reflete a retomada da economia no País. "Esse momento é extremamente auspicioso para o Ceará porque a Can-Pack hoje tem uma dimensão global, com várias unidades no mundo. É sinal que ela acredita que o Ceará e Brasil podem propiciar algo de muito positivo", avalia o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Beto Studart.

Ao todo, a empresa investiu cerca de R$ 1 bilhão em suas três fábricas no Brasil, onde deve gerar cerca de 500 novos empregos diretos. "Já estou de olho no Brasil há muito tempo e acreditamos no seu desenvolvimento e no futuro de nossas operações aqui. Estamos em uma busca contínua pela excelência e estar no aqui é resultado de um trabalho árduo", disse o presidente mundial da Giorgi Group Holding, controladora da Can-Pack, Peter Giorgi.

Conforme o Diário do Nordeste publicou na edição da última sexta-feira (20), a fábrica de tampas da Can-pack no Estado será a única do País, com capacidade de fabricar 4 bilhões de unidades por ano. O parque cearense, onde antes funcionava a Cia. Metalic do Nordeste, ainda tem capacidade para produzir até 1,5 bilhão de latas anualmente.

Também estiveram presentes no evento o presidente mundial da Can-Pack, Herman Nicolaas Nusmeier e comitiva de acionistas e diretores; o presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Eduardo Neves; empresários, clientes e fornecedores.

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