Coutinho apresenta programa a estrangeiros

São Paulo. O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou ontem, durante seminário sobre infraestrutura para investidores brasileiros e americanos em Nova York, que a nova rodada de concessões lançada pelo governo federal no início de junho é a continuação de um "processo de aprendizagem", mas possui novidades em relação a ciclos anteriores. As duas principais diferenças, destacou, são a maior participação dos mercados de capitais e maior distribuição e coordenação do risco nas operações de financiamento. Após apresentar projeções que mostram que haverá expansão nos investimentos em infraestrutura no Brasil, Coutinho reforçou que o BNDES continuará sendo um "ator importante" no apoio a esses projetos, por meio da oferta de crédito em busca de "ancorar e atrair" investidores. Ele lembrou que, pelas regras da nova rodada, quando houver emissão de debêntures, o custo do financiamento será menor.

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Atratividade

O executivo ressaltou que, quando a inflação diminuir e o Banco Central sinalizar que a taxa de juros irá recuar, isso vai criar um "clima mais atrativo" para a emissão dessas debêntures.

Questionado sobre a atratividade dos projetos para investidores estrangeiros, Coutinho afirmou que espera uma participação muito maior do capital externo nessa nova rodada. Segundo ele, já houve uma significativa desvalorização do real e o espaço para nova quedas seria menor. Além disso, acrescentou, há a possibilidade de algum mecanismo para atrelar os títulos à inflação, minimizando o risco de perda de capital a longo prazo. Também poderia haver isenção de imposto de renda.

Ele mencionou ainda que vê oportunidade para investimento direto dos estrangeiros nos projetos de infraestrutura, em parceria e individualmente.