Construção, com receio, trava setor

Escrito por Redação ,

Principal protagonista da indústria cearense, com participação de 35,8% no PIB do setor, segundo a CNI, a construção do Ceará vive um momento de receio em meio à crise econômica e política que atinge o País atualmente. Segurando lançamentos desde 2014, com o intuito de evitar uma superoferta no mercado imobiliário, os construtores também acabam freando o desenvolvimento da atividade industrial no Ceará, algo que, segundo eles, é necessário no momento.

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"Os nossos empresários, há dois anos, já vislumbravam o momento de dificuldades que estava chegando, pois vários indicadores apontavam para isso. Assim, reunimos as empresas do mercado imobiliário e decidimos não lançar mais tanto. É a lei da oferta e da procura. As pessoas estão cautelosas, não querem fazer um investimento de compra de imóvel em um momento assim", conta André Montenegro, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE).

Ele diz que a situação das obras estruturantes é ainda mais delicada. "Está um caos, os pagamentos estão atrasados. Existem empresários que estão sem receber há 120 dias. Lançaram muitas obras sem terem como bancar", destaca. Segundo a CNI, além da construção, os setores de couros e calçados (11,9%) e de alimentos (10,6%) são os mais importantes no PIB industrial do Ceará. (AL)

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