Câmbio no Brasil deve ser afetado

Escrito por Redação ,

Nova York. O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou que um eventual calote da Grécia terá efeito no Brasil somente no curto prazo, já que o País tem o dólar como moeda central de transações.

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"Obviamente, vai ter oscilação de paridades cambiais, mas são efeitos de curto prazo superáveis", disse, nessa segunda-feira (29), em Nova York, após participar de evento promovido pelo governo brasileiro para apresentar o programa de concessões lançado no início deste mês.

De acordo com Coutinho, a Europa está preparada para um período de ajustes e, mesmo se a Grécia sair da zona do euro, o impacto deve ser "limitado".

"O Banco Central Europeu tem capacidade e autonomia para suportar o mercado de títulos públicos e o mercado bancário de todos os países da periferia europeia, que seriam mais afetados por uma eventual saída da Grécia da zona do euro", afirmou o presidente do BNDES.

Observação

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o governo federal está "observando" o desenrolar das negociações e não quis comentar sobre possíveis efeitos da situação econômica da Grécia na economia brasileira.

Segundo Levy, que também estava presente no evento, o Brasil "torce" para que a Grécia encontre uma solução para os problemas financeiros.

"A União Europeia também tem interesse (no assunto) e tenho certeza que a melhor solução será encontrada", afirmou o ministro, durante entrevista concedida a jornalistas em Nova York. Chefes de 11 pastas do governo federal e a presidente Dilma Rousseff estão nos EUA participando de reuniões.

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