Caixas eletrônicos 24h podem ficar sem dinheiro

Combustível para veículos que transportam os valores só deve durar até este domingo (27)

Escrito por Redação ,
Legenda: De acordo com a Febraban, até agora, não há informações sobre mudanças no atendimento bancário nas agências do Ceará
Foto: FOTO: FERNANDA SIEBRA

Brasília/Fortaleza. O estoque de combustível dos fornecedores que atendem às transportadoras de valores duram até este domingo (27), segundo a TecBan, empresa que administra a Rede Banco24Horas de caixas eletrônicos. De acordo com a empresa, há risco de desabastecimento de caixas eletrônicos por causa da greve dos caminhoneiros se faltar combustível para os carros-fortes.

"O fechamento das estradas nos protestos tem menor impacto na circulação do dinheiro, pois os carros-fortes estão sendo autorizados pelos manifestantes a passar pelos pontos de bloqueio. O congestionamento, no entanto, pode prejudicar o abastecimento", informou a Tecban, por meio de nota.

A TecBan também informou, na nota, que os clientes podem acessar o aplicativo do Banco24Horas ou o site www.Banco24horas.Com.Br para buscar em tempo real os caixas eletrônicos mais próximos.

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Febraban

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) disse que, até o momento, não há informações sobre mudanças no atendimento bancário nas agências cearenses e de outros estados do Brasil.

Mesmo após o anúncio de acordo com o governo nessa quinta-feira (24), caminhoneiros mantiveram ao longo do dia pontos de manifestação em diversas partes do Ceará e do restante do País.

Procedimento

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) informou, na sexta-feira (25) que abriu procedimento preparatório de investigação para apurar possíveis infrações à ordem econômica no âmbito da paralisação dos caminhoneiros. A investigação leva em conta informações sobre os efeitos dos bloqueios de rodovias e que, após investigação, podem configurar infração à ordem econômica, de acordo com o Cade. Constituem infração à ordem econômica condutas que possam produzir efeito de "limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa", além de "exercer de forma abusiva posição dominante". Entre as investigações estão as relacionadas ao aumento nos preços de diferentes produtos, entre eles, está a gasolina.

Em outra ponta, também serão apuradas situações envolvendo a destruição, inutilização ou que venham a "açambarcar matérias-primas, produtos intermediários ou acabados, assim como destruir, inutilizar ou dificultar a operação de equipamentos destinados a produzi-los, distribuí-los ou transportá-los".

Caso configurado o ilícito concorrencial, a prática pode sujeitar as empresas responsáveis à pena de multa de 0,1% a 20% do valor do faturamento bruto no último exercício anterior à instauração do processo administrativo. Em se tratando de pessoas físicas, a sanção pode ir de R$ 50 mil a R$ 2 bilhões, segundo o Cade. De acordo com o órgão fiscalizador, a legislação prevê ainda aos infratores a imposição de proibição de contratar com instituições financeiras oficiais e participar de licitação.

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