Aéreas: gasto deve subir R$ 2,5 bi

Escrito por Redação ,
Legenda: Palestrantes debateram sobre o setor diante da alta do dólar, além de desafios e caminhos para a comercialização de viagens

São Paulo. Em sua 13ª edição, o Fórum Panrotas, realizado em São Paulo, nesta semana, reuniu palestrantes que discutiram temas como o cenário do turismo com a alta do dólar, desafios e caminhos para a comercialização de viagens online e offline e empreendedorismo. O evento contou com 1,2 mil participantes nos dois dias.

Um dos pontos altos foi o encontro de líderes de companhias aéreas. Entre os temas, o câmbio com dólar nas alturas e o aumento do combustível, fatores que afetam o custo operacional. Somando tudo isso com o reajuste fiscal, poderão aumentar em R$ 2,5 bilhões os gastos de aéreas brasileiras neste ano.

"Os níveis dos preços atuais não são suficientes para cobrir os custos dos voos", afirmou Paulo Kakinoff, presidente da Gol. Segundo ele, câmbio e combustível são fatais para uma companhia aérea, e a volatilidade do dólar está em nível perigoso.

José Efromovich, presidente da Avianca, compartilha o desafio do atual momento e reforça a necessidade de estar atento dia a dia. "Estamos usando o extremo da criatividade para encontrar uma saída", comentou. Ele salienta que promoção não é estratégia, mas é o que se pode fazer no momento. O evento também reuniu líderes de agências de viagens, que discutiram aquisições e voos solos de empresas no Turismo. Luiz Eduardo Falco, presidente da CVC, afirmou que apesar da crise, a empresa espera crescer neste ano. "Olha, a gente vem crescendo nestes 42 anos e nosso plano é buscar resultados mesmo com a crise".

Na ocasião, ele alegou que quem compra uma franquia da CVC paga o investimento em dois anos. "A taxa de retorno beira os 50%", assegurou o presidente da operadora. Ele acrescenta que quem adquiriu uma franquia e resolveu reinvestir, já tem em média duas ou três lojas. "É um bom negócio. Tanto que deveremos passar de mil lojas neste ano". Com a alta do dólar, Falco afirma que as vendas para o exterior caíram, mas que o turismo nacional acaba ganhando com isso. Ele acredita também que o consumidor que se planejou acaba viajando para o exterior, principalmente para à Disney. Falco salientou ainda que o Nordeste é um dos destinos mais procurados. "Devemos encher a região o ano inteiro com políticas mais agressivas de vendas".

Jota Pompílio*
Repórter

*O repórter viajou a São Paulo a convite da Panrotas

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