50% vão a bares e restaurantes

Escrito por Redação ,

Dentre os serviços mais procurados durante o Carnaval, o que deve ter a maior demanda é o de bares e restaurantes. Segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 50% dos consumidores do País deverão procurar esses estabelecimentos. No Estado, o Sindicato de Restaurantes, Bares, Barracas de praia, Buffets e Similares do Estado de Ceará (Sindirest) estima um incremento do faturamento em torno de 10%, na comparação com 2017.

"A expectativa é muito boa para este ano e todo mundo está preparado para atender a demanda", diz o presidente do Sindirest, Moraes Neto. "Nós já temos uma tradição de receber muitas famílias nesse período, que buscam o descanso. Mas nos últimos nós passamos a receber um novo perfil de turista, que vem para o Carnaval de Fortaleza, que agora conta com uma programação bastante interessante", ele diz.

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Além dos novo perfil de turista que visita a Capital nesse período, Moraes Neto diz que o número cada vez maior de fortalezenses que ficam na cidade deve contribuir para o aumento da movimentação nos bares e restaurantes. "Com essa crise, que ainda não foi totalmente superada, acredito que o movimento se concentre mais em Fortaleza", afirma. Ele diz que o resultado do ano passado ficou na média. "Foi o ano que estabilizou, uma vez que não tivemos queda. Mas levando em conta o cenário, 2017 não foi um ano ruim".

O presidente do Sindirest diz ainda que, mesmo com mais fortalezenses na cidade, os estabelecimentos localizado na orla deverão apresentar um maior crescimento. "No estado, acredito que devemos ter uma boa movimentação em Guaramiranga e na Serra da Ibiapaba, que recebe muitos turistas do Piauí, por exemplo", diz.

Apesar das expectativas otimistas, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Ceará (Abrasel CE), Rodolphe Trindade, diz que fora do eixo turístico, os estabelecimentos do Estado devem apresentar resultados semelhantes ao do ano passado. "Não temos uma perspectiva de melhora relevante. A crise está indo embora aos poucos, a gente ainda está se restabelecendo", diz. "Para quem trabalha com turismo, como os hotéis e as barracas de praia, esse período é muito bom. Mas ao mesmo tempo esta é a última semana de vacas gordas. E isso vai até o mês de julho".

Empregos

Com relação à criação de postos de trabalho para este período, assim como ocorre nas barracas de praia, os restaurantes ainda contam com a mão de obra contratada para alta estação. "Todos os estabelecimentos já estão preparados, mas durante esses quatro dias, certamente haverá algum incremento. Além disso, esse será o primeiro Carnaval com a nova lei trabalhista, o que deve ajudar nas contratações de trabalho intermitente, com todo mundo formalizado".

Trindade ressalta, no entanto, que a semana do Carnaval é a última para a "mão de obra extra". "Alguns já saíram ou foram efetivados, mas depois do Carnaval tem gente que já começa a diminuir sua mão de obra, especialmente aqueles estabelecimentos voltados para o turismo. Para quem trabalha com o público da cidade, aí começa uma temporada mais normal", diz. 

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