Singapura sofre grave ataque cibernético e acusa a China de envolvimento; país nega participação

Ataque visava roubar informações sensíveis

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(Atualizado às 16:54)
Aeroporto Internacional Indira Ghandi, na Índia, com voos cancelados e atrasados após ataque cibernético em Singapura
Legenda: Aeroporto Internacional Indira Ghandi, na Índia, com voos cancelados e atrasados
Foto: AFP

Um ataque cibernético 'grave e contínuo' atingiu Singapura neste sábado (19). A cidade-Estado acusou a China, que negou envolvimento. A investida visava roubar informações confidenciais, além de interromper serviços essenciais, como saúde, telecomunicações, transporte e eletricidade.

A embaixada chinesa em Singapura se pronunciou declarando que "se opõe firmemente a qualquer calúnia infundada contra a China", e que o país também é uma das principais vítimas de ataques cibernéticos.

Segundo a representação chinesa, o país está "pronto para continuar cooperando com todas as partes, incluindo Singapura, para proteger conjuntamente a segurança cibernética".

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Em discurso na sexta-feira (19), o ministro do Interior, K. Shanmugam, disse que este ataque pode comprometer a segurança nacional, e que demonstra um nível avançado de hacking conhecido como Ameaça Persistente Avançada (APT).

De acordo com Shanmugam, a Agência de Segurança Cibernética de Singapura e as autoridades estão trabalhando para gerenciar a situação. "Posso dizer que o ataque é grave e contínuo. Foi atribuído ao grupo UNC3886", disse ele.

Comissários de um aeroporto em Hong Kong fazem o check-in manualmente após ataque cibernético em Singapura
Legenda: Comissários de um aeroporto em Hong Kong fazem o check-in manualmente
Foto: AFP

O ministro entretanto não forneceu detalhes sobre quem pode estar por trás do grupo UNC3886, identificado pela Mandiant, empresa de segurança cibernética de propriedade do Google, como um grupo de ciberespionagem ligado à China, envolvido em ataques em todo o mundo.

APT é um tipo de ataque cibernético altamente sofisticado que, com recursos consideráveis, normalmente visa roubar informações confidenciais e interromper serviços essenciais como saúde, telecomunicações, água, transporte e eletricidade, explicou Shanmugam.

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