Morre seu Miguel Balbino, comerciante tradicional de Quixeramobim, aos 101 anos

Figura histórica na cidade do Interior do Estado, seu Miguel Eloi deixa nove filhos e ficou conhecido não apenas pelo seu comércio, existente desde 1948, mas pelo seu jeito divertido de levar a vida

Escrito por Redação ,
Legenda: Miguel Eloi tinha um comércio há 75 anos em Quixeramobim e é lembrado pelos familiares e amigos como uma pessoa carinhosa
Foto: Arquivo Pessoal

Morreu aos 101 anos, no último sábado (29), Miguel Eloi da Silva, conhecido em Quixeramobim como "seu Miguel Balbino". Figura tradicional na cidade interiorana, ele era dono de um comércio desde 1948.

"Seu Miguel Balbino" era viúvo - a esposa, Maria de Lourdes, faleceu em 2020 - e deixa nove filhos.

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O comércio de Miguel Eloi iniciou com uma banca de bolos, tapioca, cocada e refrescos após casar-se com Maria de Lourdes, ainda em 1948. Em seguida, ele comprou um terreno e construiu a sua bodega. Lá, vendia a chamada mercadoria em retalho: 1/4 de açúcar, de colorífico, dentes de alho e fósforo a partir de dez palitos.

"Papai foi uma pessoa que não sabia ler, não sabia escrever, mas tinha uma matemática gravada na cabeça que só Deus dava essa sabedoria", conta Carlos Eloi, 75, filho mais velho do comerciante.

Ele lembra que o pai ficou conhecido não só pela atividade no comércio em si, mas por ser divertido e pelo carinho com a clientela.

"Criou nove filhos com muita dignidade, muita honestidade", conta. "Uma vida muito bonita, um exemplo muito gostoso de um cidadão, de um legado, de uma amizade, de um carinho pelo povo", detalha Carlos Eloi.

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