Criada entidade de defesa e apoio aos homossexuais

Escrito por Redação ,
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Foto: Antônio Vicelmo
Crato (Sucursal) — Em solenidade festiva, foi criada a Associação de Defesa, Apoio e Cidadania dos Homossexuais do Crato (Adacho). A entidade tem como presidente o promotor de eventos André Lacerda. A sede provisória funcionará na Rua José Jataí, 102, bairro Mirandão. Na oportunidade, foi aprovado o Estatuto, bem como empossada a nova diretoria.

O objetivo da Adacho, segundo Lacerda, é lutar por mais liberdade de ação e expressão e fortalecer a classe nos princípios da amizade, união, respeito e solidariedade humana. Lacerda denuncia que ainda há na região muito preconceito contra o homossexualismo. “A questão vem sendo discutida nos encontros”, diz. Este preconceito, segundo Lacerda, parte não somente da sociedade, mas própria família dos homossexuais.

Outro objetivo da entidade é promover campanhas sociais e beneficentes em favor dos mais carentes, palestras, debates, parcerias e orientações sexuais, principalmente, para os homossexuais que se sentem excluídos da sociedade. Ele conta que a Adacho vai participar do Orgulho Gay, que será realizado no dia 28 de junho.

Ainda esta semana, André Lacerda estará em Fortaleza, a fim de pesquisar sobre o funcionamento e atividades da associação. Uma das reivindicações da classe é a legalização da união entre os homossexuais. Lacerda lembra que em 26 de outubro de 1995, foi apresentado ao plenário da Câmara dos Deputados, o projeto da então deputada Marta Suplicy, o qual buscou disciplinar a união civil entre pessoas do mesmo sexo, tratando ainda de outras questões.

Na exposição de motivos, a parlamentar disse que o projeto de lei visa o reconhecimento de união civil entre pessoas do mesmo sexo. “Relacionamentos estes que cada vez mais vêm se impondo em nossa sociedade”, afirma Lacerda.

Segundo levantamento feito pela Adacho, somente em Crato existem mais de 600 homossexuais. Em Juazeiro, mais de mil. No Cariri, são cerca de cinco mil. “Queremos a inclusão de todos eles na sociedade”, diz Lacerda, lamentando o preconceito que ainda existe contra este segmento da população.