Castanhão atinge cota de sangria

Escrito por Redação ,
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Foto: Stênio Saraiva
O Açude Castanhão chega hoje a cota de 95 metros, altura que possibilita a primeira sangria do reservatório com as comportas abertas. O Dnocs vai promover uma sangria simbólica para marcar o volume hídrico. O diretor-geral do Dnocs, Eudoro Santana, definirá o dia de abertura das comportas para depois do feriado do carnaval, segundo disse ontem o engenheiro do órgão, responsável pela operação do reservatório, Getúlio Peixoto Maia.

Segundo Maia, o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, será convidado a assistir a primeira sangria do Castanhão. Ontem, o reservatório já chegou à cota de 94,80 metros, correspondendo a 2,9 bilhões de metros cúbicos, o que representa 43% da capacidade total de 6,7 bilhões de metros cúbicos. Maia disse que as chuvas têm favorecido o aumento de água na barragem. Por dia, o Castanhão recebe uma média de 100 milhões de metros cúbicos. Houve dias, entretanto, que a quantidade duplicou. ‘‘Hoje, já podemos abrir a comportas sem nenhum problema’’, diz ele.

De acordo com o engenheiro, ficou determinado pela diretoria do Dnocs que quando o reservatório atingisse a cota de 95 metros seria promovida a sangria simbólica. ‘‘O procedimento vai funcionar como os primeiros testes da operação das comportas do açude. É quando vamos conhecer seu funcionamento. Estou aguardando somente a definição do dia e da hora’’, disse, assegurando que está tudo pronto para a operação.

Além do teste das comportas, Getúlio Maia explicou que a sangria faz parte dos primeiros trabalhos de limpeza do reservatório. ‘‘Com a abertura das comportas, ocorre o processo de decantação e lixiviação da água, uma operação de separar certas substâncias como os sais contidos nelas, por meio de lavagem”, explica o engenheiro.

Segundo assegura, a qualidade da água do Castanhão não está comprometida. ‘‘Mesmo não tendo ocorrido o desmatamento, a qualidade não foi alterada. A coloração escura no açude é decorrente do transporte de material (pedras, rochas e solos) feito na área durante a construção da barragem’’, diz. Ele informa, também, que a Cagece tem promovido o tratamento no reservatório utilizando parâmetros usuais.