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Eduardo Paes veta 'Dia da Cegonha Reborn' no Rio de Janeiro: 'Não dá'

Proposta havia sido aprovada pela Câmara do Rio no início de maio

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 14:59)
Bebê realista para matéria informando que Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, veta o dia da cegonha reborn
Legenda: A data seria celebrada no dia 4 de setembro
Foto: Shutterstock / Davaiphotography

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), vetou integralmente o Projeto de Lei (1892/2023), que tinha como objetivo a inclusão do "Dia da Cegonha Reborn" no calendário oficial da Cidade. A data, idealizada como uma homenagem ao trabalho das artesãs que criam os bonecos hiper-realistas, seria celebrada no dia 4 de setembro. 

Na manhã desta segunda-feira (2), Eduardo Paes publicou uma foto do veto em seu perfil do X, o antigo Twitter. "Com todo respeito aos interessados, mas não dá", escreveu o prefeito. 

Diante da repercussão que os bonecos ganharam no País, o projeto de lei foi aprovado pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro no último dia 8 de maio. De acordo com o vereador Vitor Hugo (MDB), autor do projeto, os "bebês reborns" são utilizados em terapias e ajudam mulheres que passam por depressão

"Uma homenagem emocionante a mulheres incríveis da nossa cidade. São artesãs que criam bonecas realistas usadas em terapias. Muitas delas passaram por momentos difíceis: depressão, luto, dores profundas, e encontraram nesse trabalho uma forma de cura e amor", disse o vereador na ocasião. 

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Justificativa

Na justificativa, o PL diz que os reborns são bebês extremamente realistas, fabricados artesanalmente por "cegonhas", numa referência às artesãs que usam técnicas para simular traços reais.

"O nascimento de um bebê é um momento singular na vida de uma mulher, e não é diferente para as mamães reborn, porém, os seus filhos são enviados por cegonhas, sendo esse o nome conferido às artesãs que customizam bonecas para se parecerem com bebês reais", diz o texto do vereador. 

Ainda conforme o PL, a arte da Cegonha Reborn tem sido utilizada em diversos países como forma de lembrança de um filho pequeno ou de um bebê que não sobreviveu.

"Há ainda, relatos de casos em que são utilizados como terapia por psicólogos, para o restabelecimento de lutos e outros traumas. Nos casos de falecimento de um filho recém-nascido, o bebê reborn é utilizado por um curto período, sempre sob orientação profissional, auxiliando no processo de recomposição da mãe ou o pai enlutado", destaca o projeto. 

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