Covid no Ceará: média móvel de casos confirmados está em queda há duas semanas

Em 21 de janeiro, Estado tinha mais de 10 mil confirmações por dia, contra 3 mil registrados na última sexta (4)

Escrito por Theyse Viana , theyse.viana@svm.com.br
Profissional faz teste de Covid via swab nasal em mulher
Legenda: Testagem é meio mais importante de notificar casos e monitorar cenário da pandemia no Ceará
Foto: AFP

Indicador importante para o cenário da pandemia de Covid no Ceará, a média móvel de casos da doença está em queda no Estado há duas semanas, desde o dia 21 de janeiro. Os dados são do Integra SUS, consolidados até essa segunda-feira (7).

A média móvel considera os números de pacientes que testaram positivo nos 7 dias anteriores, para estimar quantos casos o Ceará tem registrado diariamente. No dia 19 de janeiro, o indicador apontava que o Estado tinha 10.048 novos casos por dia.

No dia 20, o número subiu para o pico de 10.206 casos por dia, mas de lá para cá está em queda constante: janeiro terminou com uma média móvel de 5.585 casos diários de Covid em território cearense.

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A epidemiologista Caroline Gurgel, virologista e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), alerta que, apesar da queda, o cenário é de cautela, e que o pico da 3ª onda ainda nem foi atingido.

Não é seguro, até porque existe atraso de notificações. Nós acreditamos que o pico do Sars-CoV-2 é entre março e abril. Mesmo que o indicador esteja caindo, não é pra gente relaxar e agir como se o vírus não estivesse por aí.
Caroline Gurgel
Epidemiologista e virologista

Entre 9 de janeiro e 7 de fevereiro, período recortado por painel do Integra SUS para traçar o cenário da Covid no Ceará, foram confirmados 169.189 casos da doença. Mais de 28 mil permanecem em investigação, o que torna os registros ainda mais dinâmicos.

“Num universo de 28 mil resultados a sair, vai haver um incremento gigantesco nos indicadores, se a maioria dos resultados for positiva”, alerta a epidemiologista.

Subnotificação

O epidemiologista Antonio Lima, gerente da Célula de Vigilância Epidemiológica de Fortaleza, já havia alertado, em entrevista ao Diário do Nordeste, sobre a alta subnotificação de casos causada pela variante Ômicron.

“É uma doença que, por ter formas muito leves, induz uma subnotificação muito grande, ficamos no escuro. Às vezes, temos 700 casos notificados, mas temos 4 ou 5 vezes mais doentes. A Ômicron faz isso com o mundo inteiro”, observou.

Apesar disso, o especialista já havia adiantado que, “em tese, entraríamos numa estabilização dos casos no início de fevereiro”.

45 a 60
dias são o tempo de duração de uma “onda” da Covid. Segundo Lima, considerando que a Ômicron chegou ao Ceará na última semana de dezembro, os casos começariam a cair em fevereiro.

Importância da vacinação

Num contexto em que o coronavírus ainda circula com velocidade e que variantes continuam surgindo, ampliar a vacinação se mostra ainda mais importante.

Apesar disso, mais de 17 mil idosos do Ceará só se cadastram para receber o imunizante entre novembro de 2021 e janeiro de 2022, quando já deveriam ter recebido o reforço.

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Na última semana de janeiro, cerca de 600 mil residentes de Fortaleza estavam com alguma dose da vacina atrasada: 200 mil adultos e adolescentes para 2ª dose, 400 mil para dose de reforço, segundo estimativa da secretária de Saúde do Município, Ana Estela Leite.

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