Vendas do varejo no Ceará crescem 9,5%

Escrito por Redação ,
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O resultado estadual se apresenta como o segundo melhor desempenho do Nordeste e do Brasil

O varejo cearense encerrou 2009 com indicadores superiores à média nacional, ao registrar elevação de 9,5% no volume de vendas e de 13,9% na receita nominal, contra 5,9% e 10%, respectivamente, no País. Os resultados se apresentam como o segundo maior porcentual de faturamento do Nordeste e do Brasil, a terceira melhor receita da região e a sexta no ranking nacional. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No último mês do ano, também em movimento contrário ao País, que teve taxas de variação de -0,4% frente à novembro, tanto para o volume de vendas como para a receita nominal, o Ceará registrou percentuais de crescimento de 1,2% e 2,3%, respectivamente.

Quando se considera o Comércio Varejista Ampliado (incluindo os ramos de Veículos e de Material de Construção), os índices seguem positivos. O volume de vendas acumula no ano elevação de 10,3% e a receita nominal cresce 11,8%. Em dezembro, frente a igual mês de 2008, os percentuais são de 16,9% e 19,6%, respectivamente. Entre as atividades que tiveram maior peso para puxar a taxa anual de faturamento para cima estão: Veículos, motocicletas, partes e peças (14,7%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo(14,4%); e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,7%).

Contribuíram ainda positivamente para a definição do índice: Combustíveis e lubrificantes (10,1%); Móveis e eletrodomésticos (9,9%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (8,2%); e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,5%). Na contramão desses resultados, Material de construção, que recuou 4,6% e Tecidos, vestuário e calçados, que declinou 0,3%.

Receita

A receita nominal de vendas do varejo cearense terminou o ano passado com variação de 11,8%, em relação a igual período de 2008. As contribuições mais expressivas para formação da taxa vieram de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com elevação de 18,6%. Merecem destaque as seguintes atividades: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (18,7%); Móveis e eletrodomésticos (12,7%); Livros, jornais, revistas e papelaria (10,6%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos(9,8%); e Veículos, motocicletas, partes e peças, e Tecidos, vestuário e calçados, ambas com alta de 9,7%. Apresentou menor desempenho o ramo de Material de Construção, que avançou 3,8%.

Brasil

As vendas no comércio no país em 2009 cresceram 5,9% em relação a 2008, segundo os dados do IBGE. Em dezembro, as vendas no varejo caíram 0,4% frente a novembro. Trata-se da primeira queda depois de sete altas consecutivas na comparação mês a mês. Em relação a dezembro de 2008, houve alta de 9,1%. A receita nominal de vendas no comércio teve expansão de 10% ao longo de 2009, na comparação com o ano anterior. Em dezembro, foi observado recuo de 0,4% frente a novembro, com destaque para o setor de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,5%). Na comparação com dezembro do ano anterior, houve avanço de 11,9%.

Já as vendas no comércio varejista ampliado registraram alta de 6,9% em 2009. Em dezembro, houve expansão de 0,6% em relação a novembro e de 14,3% sobre dezembro de 2008. Ao longo de 2009, oito das dez atividades pesquisadas registraram crescimento, com destaque para artigos farmacêuticos, medicamentos, ortopedia e perfumaria (11,8%) e hiper e supermercados, bebidas e fumo (8,3%). No comércio vareijsta ampliado, as vendas de veículos e motos, partes e peças apresentaram expansão de 11,1%.

Opinião do especialista
Cid Alves
Presidente do Sindilojas


Comércio cearense está de parabéns

Os resultados do varejo do Ceará, com base em dados precisos do IBGE, são bastante positivos. Parabenizo os empresários dos vários setores que formam o comércio pelo excelente desempenho, apesar da crise e das fortes chuvas que ocorreram no ano passado, que se estenderam até fim de agosto. O governo federal também contribuiu com sua parcela ao reduziu o IPI dos setores automotivo, moveleiro e da construção civil, o que levou ao aumento das vendas nestes segmentos, com exceção desse último. O incentivo à formalização das empresas e o monitoramento na emissão da nota fiscal com o novo sistema implantado pela Sefaz também resultou em melhorias no faturamento. O principal fator que prejudicou a construção civil e consequentemente, os negócios para quem vende material para esta atividade, foi sem sombra de dúvida, o excesso de chuvas. Isso resultou num primeiro semestre ruim e se não fossem as boas vendas realizadas de setembro a dezembro, o ano ainda tinha sido pior. Quanto ao item Tecidos, vestuário e calçados, que apresentou uma pequena queda, asseguro que não ocorreu no setor calçadista. É possível que essas feirinhas espalhadas pela cidade tenham influenciado os negócios dos lojistas que atuam próximos à Igreja da Sé.



ISILDENE MUNIZ
REPÓRTER

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