Varejo do CE cresce 7,5%; maior alta desde 2014

Com o resultado, comércio acumula variação de 0,4% no ano, mas tem baixa de 1,7% em 12 meses

Escrito por Redação ,
Legenda: Segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos foi o que mais cresceu em setembro (21,8%)
Foto: FOTO: HELENE SANTOS

Após registrar avanço de 4,4% em agosto, as vendas do comércio varejista ampliado cearense confirmaram as previsões anteriores de aquecimento do comércio à medida que o ano se aproxima do fim. Em setembro, o volume de vendas do comércio, incluindo os segmentos de material de construção e veículos, motocicletas, partes e peças, cresceu 7,5% ante igual período do ano anterior, maior variação deste setembro de 2014, quando houve alta de 8,1% ante igual mês de 2013.

De acordo com os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada ontem (14), seis dos dez segmentos que compõem o varejo ampliado cearense apresentaram variações positivas em setembro ante igual período de 2016, com destaque para a comercialização de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (21,8%); material de construção (20%); equipamentos e materiais para escritório (17,5%) e veículos, motocicletas, partes e peças (13,9%). Também tiveram resultados positivos no período os segmentos de outros artigos de uso pessoal e doméstico (13%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (6,2%).

Em contrapartida, combustíveis e lubrificantes tiveram uma queda de 23,9%. Tecidos, vestuário e calçados e móveis e eletrodomésticos também retraíram em setembro deste ano ante setembro de 2016: 2,2% e 0,1%, respectivamente.

Com o resultado de setembro, o índice acumula variação positiva de 0,4% no volume de vendas de janeiro a setembro deste ano, sendo também o maior patamar desde dezembro de 2014. No entanto, ainda é possível observar retração de 1,7% no acumulado dos últimos 12 meses.

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista e Lojista de Fortaleza (Sindilojas), Cid Alves, os números comprovam que existe uma curva ascendente e quase vertical no faturamento do comércio. "Quem se precaveu para este momento, quem renovou os estoques está vivendo essa curva, mas infelizmente há quem não tomou esse cuidado, por medo da crise, e infelizmente está sofrendo com ela", diz.

Ele acrescenta ainda que os números devem continuar positivos e crescentes nos próximos meses, até meados de fevereiro. "Vamos ter um crescimento grande, largo, sobre esses números de anos anteriores, que têm uma base pequena", destaca.

Brasil

No País, as vendas do varejo ampliado subiram 1% ante agosto de 2017, mantendo trajetória de crescimento pelo quarto mês consecutivo, período que acumulou ganho de 4% (com ajuste sazonal). Em relação a setembro de 2016, o varejo ampliado cresceu 9,3%, quinta taxa positiva consecutiva nessa comparação. Com isso, o volume de vendas acumula alta de 2,7% no ano e perda de -0,1% em 12 meses.

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